■ Introdução
A dermatite atópica (DAdermatite atópica) é a dermatose mais frequente na infância. Juntamente com a rinite e a asma, forma a tríade atópica, e muito se discute se o adequado e precoce manejo da DAdermatite atópica poderia impedir a “marcha atópica”, ou seja, prevenir o aparecimento das outras doenças alérgicas.
O prurido constante e de difícil controle leva a alterações do sono. As infecções de repetição (pela maior colonização pelo Staphylococcus aureus) contribuem para as faltas escolares, e essa doença causa grande impacto na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares.
O correto diagnóstico e tratamento adequado resultam no controle das crises e na diminuição da morbidade. Os conhecimentos sobre a fisiopatologia demonstram que a melhoria da barreira cutânea é o pilar da terapia de manutenção. Para o controle das crises, os corticoides tópicos permanecem como a primeira escolha e são utilizados de forma reativa ou proativa. Os inibidores tópicos da calcineurina (ITCsinibidores tópicos da calcineurina) são a escolha nas áreas de pele mais fina, como a face. Neste artigo, propõe-se demonstrar, com casos clínicos, as variações no manejo dessa frequente dermatose.
Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.
■ Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
- ■ reconhecer o quadro clínico da DAdermatite atópica nas diferentes faixas etárias;
- ■ verificar as indicações de investigação e como elas devem ser realizadas;
- ■ conhecer as orientações a serem dadas ao paciente, indicando como se deve proceder nas crises e como fazer o tratamento de manutenção;
- ■ identificar as complicações da DAdermatite atópica e saber como manejá-las.
■ Esquema conceitual