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SUPLEMENTO – DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROPED VOLUME 1 CICLO 1

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Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 1 do Ciclo 1 do PROPED.

Para saber mais

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria, de Paulo R. Antonacci  Carvalho e colaboradores. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

Carvalho PRA, Carvalho CG, Torriani MS, Santos L, Barros E, organizadores. Medicamentos de A a Z – 2012/2013: pediatria. Porto Alegre: Artmed; 2012.

ALGUMAS SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

amp

Ampola

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidos da monoaminaoxidase

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

susp

Suspensão

VO

Via oral

xpe

Xarope

Acetaminofeno + codeína

Grupo farmacológico. Analgésico/antipirético associado aos opiáceos.

Apresentações. Cpr de 500+30mg; 500+7,5mg.

Uso. Aprovado pelo FDA para dor moderada/severa em idades > 3 anos.

Contraindicações. Insuficiência hepática, hipersensibilidade ao acetaminofeno ou à codeína.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para menores de 2 anos.
  • Pediatria: codeína: 0,5-1mg/kg/dose a cada 4-6h, dose máxima de 60mg/dose. Acetaminofeno: 10-15mg/kg/dose, não exceder 5 doses em 24h; dose máxima para crianças > 12 anos, 4g acetaminofeno/24h.
  • Adolescentes: titular dose conforme resposta à dor; não exceder dose de 4g de paracetamol ao dia e 360mg de fosfato de codeína para adolescentes.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar preferencialmente 1h antes ou 2h após refeições ricas em carboidratos. Em caso de irritação gastrintestinal, administrar com alimentos.
  • Via sonda: o cpr pode ser triturado e disperso em volume adequado de água destilada (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Antagonistas opioides: podem causar náusea, vômitos, ansiedade, lacrimação, elevação da temperatura corporal.
  • Benzodiazepínicos, barbitúricos, opioides, relaxantes musculares: podem causar depressão respiratória.
  • Carbamazepina, isoniazida, fenitoína, zidovudina: aumentam o risco de hepatotoxicidade.
  • Varfarina: aumenta o risco de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode diminuir o pico plasmático do paracetamol. Sugere-se que seja administrado com o estômago vazio.

Lactação. AAP descreve como compatível, apesar de relatos raros na literatura de pessoas com genótipo de “metabolizadores ultrarrápidos” fornecerem altos níveis de opiáceo no leite materno. Sugere-se o uso da menor dose pelo menor tempo possível. Deve-se orientar as mães a respeito dos sintomas no lactente, principalmente sobre a sonolência e a depressão respiratória.

Aciclovir

Grupo farmacológico. Antiviral.

Apresentações. Cpr de 200 e 400mg; fr-amp com 250mg (sol injetável); pomada oftálmica a 3% (4,5 g); cr dermatológico 50mg/g em bisnagas de 5 e 10 g.

Usos. Tratamento e profilaxia de infecções mucocutâneas pelo vírus herpes simples (HSV-1 e HSV-2), tratamento da encefalite por herpes simples, tratamento do herpes-zóster e do varicela-zóster (em > 12 anos, ou < 12 anos com doença cutânea crônica ou pulmonar, ou recebendo aspirina, e em imunocomprometidos).

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: 20mg/kg/dose a cada 8 h, infusão em 1 h. Tratamento de herpes localizado: 14 dias. Tratamento de herpes disseminado ou infecção SNC: 21 dias. Neutropenia ocorre em 20% dos pacientes. Nesses casos, a dose deve ser dobrada ou prescrito granuloquine se neutrófilos < 500.
  • Pediatria: HSV genital (primeiro episódio): VO, 40-80mg/kg/dia, de 8/8 h ou de 6/6 h por 5-10 dias (dose máxima de 1g/dia). IV, 5mg/kg/dose, de 8/8 h por 5-7 dias. HSV cutâneo (ocular) ou genital recorrentes (terapia supressiva): VO, 40-80mg/kg/dia de 3x/dia por até 12 meses (mas 1g/dia), reavaliar após 12 meses de tratamento. HSV em imunocomprometidos: VO, 80mg/kg/dia, 3-5x/dia (dose máxima de 1g/dia) por 7-14 dias. IV (< 12 anos), 10mg/kg/dose, de 8/8 h por 7-14 dias. HSV profilaxias em imunocomprometidos: VO, 80mg/kg/dia, 3-5x/dia, usar de 600 a 1.000mg/dia (dose máxima de 1g/dia) por 3-5 dias durante período de risco. HSV encefalite: IV (de 3 meses a 12 anos), 20mg/kg/dose a cada 8 h, por 14-21 dias (alguns recomendam 500mg/m2/dose a cada 8 h). Varicela ou herpes-zóster em imunocomprometidos: < 1 ano: 10mg/kg/dose a cada 8 h, por 7-10 dias, ou até o não aparecimento de novas lesões por 48 h. Crianças ≥ 1 ano: 500mg/m2/dose ou 10mg/kg/dose, a cada 8 h por 7-10 dias, ou até o não aparecimento de novas lesões por 48 h. Varicela em imunocompetentes: VO (iniciar nas primeiras 24 h do início do rash). Crianças ≥ 2 anos e ≤ 40kg: 20mg/kg/dose, 4x/dia por 5 dias (dose máxima de 3.200mg/dia). Crianças > 40kg: 800mg 4x/dia por 5 dias. Herpes-zóster em imunocompetentes: > 12 anos, 800mg 5x/dia por 7-10 dias. HSV profilaxia em recipientes de transplante de medula óssea (soropositivo): IV, 250mg/m2/dose, a cada 8 h, ou 125mg/m2/ dose, a cada 6 h. HSV Uso Tópico: aplicar a cada 3 h (6x/dia) por 7 dias, não utilizar em varicela ou herpes-zóster.
  • Adolescentes: HSV genital (primeiro episódio): VO, 200mg, 5x/dia, ou 400mg 3x/dia, por 5-10 dias. IV, 5mg/kg/dose de 8/8 h, por 5-7 dias. HSV genital (recorrência): VO, 200mg 5x/dia ou 400mg 3x/dia, por 5 dias. HSV cutâneo (ocular) ou genital recorrentes (terapia supressiva): VO, 400mg 2x/dia ou 400mg 3x/dia ou 200mg 3x/dia, por até 12 meses. Reavaliar após 12 meses de tratamento. HSV em imunocomprometidos: VO, 400mg 5x/dia, por 7-14 dias. IV (> 12 anos): 5mg/kg/dose de 8/8 h, por 7-14 dias. HSV profilaxias em imunocomprometidos: VO, 600-1.000mg/dia por 3-5 dias durante período de risco. HSV encefalite: IV (> 12 anos): 10-15mg/kg/dose a cada 8 h, por 14-21 dias. Varicela ou herpes-zóster em imunocomprometidos: 10-15mg/kg/dose a cada 8 h, por 7-10 dias. Varicela em imunocompetentes: VO (iniciar nas primeiras 24 h do início do rash) 800mg 4x/dia por 5 dias. Herpes-zóster em imunocompetentes: 800mg 5x/dia, por 7-10 dias. HSV profilaxia em recipientes de transplante de medula óssea (soropositivo): VO, 200mg 3x/dia. IV, 250mg/m2/dose a cada 12 h (CDC Guideline 2000). HSV uso tópico: aplicar a cada 3 h (6x/dia) por 7 dias. Não utilizar em varicela ou herpes-zóster.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: o cpr é solúvel em água. Para a administração via sonda, pode-se diluir o cpr em 5mL de água destilada (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: a formulação parenteral é para ser administrada exclusivamente em infusão IV, não podendo ser administrada por via IM ou em bolo. Para minimizar riscos de flebite e nefrotoxicidade, a administração deve ser realizada em, no mínimo, 1 h. O medicamento pode ser diluído em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima usual de 7mg/mL. Para pacientes com restrição hídrica, considera-se concentração máxima de 10mg/mL.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Uso tópico: cuidar para não atingir os olhos. Durante a aplicação, recomenda-se usar luvas.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: pode desencadear redução da excreção renal do aciclovir.
  • Zidovudina: risco de neurotoxicidade (fadiga e letargia).
  • Fenitoína, ácido valproico: o uso concomitante poderá resultar na diminuição dos níveis plasmáticos dos anticonvulsivantes.
  • Micofenolato (mofetil e sódico): pode aumentar os níveis séricos do aciclovir. Monitorar função renal.
  • Tizanidina: o uso concomitante com aciclovir pode aumentar os níveis plasmáticos da tizanidina, aumentando risco de hipotensão e sedação.
  • Alimentos: pode ser administrado com ou sem alimentos, pois a absorção não é afetada.

Lactação. Usar com precaução.

Alopurinol

Grupo farmacológico. Inibidor da xantina-oxidase; antigotoso.

Apresentações. Cpr de 100 ou 300mg.

Usos. Prevenção de crises de gota e nefropatia por ácido úrico; tratamento da hiperuricemia secundária que pode ocorrer durante o tratamento de tumores e doenças mieloproliferativas; prevenção da recorrência de cálculos de oxalato de cálcio.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: VO, dose (< 6 anos): 150mg/dia ou 10mg/kg/dia a cada 8-12h. Dose (6-10 anos): 300mg/dia ou 10mg/kg/dia a cada 8-12 h (máximo de 800mg/dia). IV, < 10 anos: dose inicial de 200mg/m²/dia divididos em 1-4 doses (manter urina neutra a alcalina). > 10 anos: igual à dose de adolescentes.
  • Adolescentes: iniciar com 100mg/dia. Se os níveis de urato forem insatisfatórios, a dose pode ser aumentada. A dose habitual para gota moderada é de 200-300mg/dia; na doença avançada pode ser necessário 600-800mg/dia. A dose habitual para a prevenção da recorrência de cálculos de oxalato de cálcio é de 200-300mg/dia. Na hiperuricemia secundária à quimioterapia, 600-800mg/dia durante 2-3 dias, iniciando 1-2 dias antes da quimioterapia.

Modo de administração.

  • Via oral: ingerir os cpr após as refeições e com líquido. Doses maiores de 300mg/dia devem ser divididas em 2-3 tomadas diárias.
  • Via sonda: para pacientes com problemas de deglutição ou em uso de sonda, pode-se preparar susp oral a partir dos cpr. Os cpr podem ser macerados e dissolvidos em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amoxicilina, ampicilina, azatioprina, carbamazepina, ciclofosfamida, didanosina, mercaptopurina e teofilina: os níveis séricos desses medicamentos podem aumentar se administrados com alopurinol.
  • Inibidores da ECA, diuréticos: podem aumentar os níveis séricos do alopurinol.
  • Antiácidos: podem reduzir os efeitos do alopurinol, interferindo em sua absorção. Recomenda-se que hidróxido de alumínio seja administrado 3 h após a administração do alopurinol.
  • Varfarina: pode ocorrer aumento do risco de sangramento.
  • Vitamina C: o uso concomitante de grandes quantidades de vitamina C pode acidificar a urina e aumentar os riscos de formação de cálculo renal.
  • Alimentos: administrar após as refeições com muito líquido, a fim de minimizar desconforto estomacal.

Lactação. Usar com precaução.

Beclometasona

Grupo farmacológico. Corticoide.

Apresentações. Corticoide inalatório: aerossol 250µg/jato e cps de 200 e 400µg; pó para inalação com dose de 100, 200 ou 400µg (100 doses). Corticoide nasal: Fr-spray com dose de 50µg (130 ou 200 doses), fr-spray com doses de 100µg (120-200 doses); fr-spray com dose de 250µg (200 doses).

Usos. Tratamento de manutenção da asma e da DPOC; rinite.

Contraindicações. Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: neonato com mais de 14 dias de vida, com evolução para displasia broncopulmonar com DBP, dependente de O2 sem ventilação mecânica, > 14 dias: dose de 50µg 12/12 h, embora a segurança e a eficácia não estejam estabelecidas em < 6 anos.
  • Pediatria: iniciar com 1 jato de 50µg em cada narina, 2x/dia. Cps inalatórias (a partir dos 5 anos): 200µg, 2x/dia (máximo de 800µg/dia).
  • Adolescentes: asma: dose baixa: 200-500µg; dose média: 500-1.000µg; dose elevada: > 1.000µg. Rinite. Iniciar com 1-2 jatos de 50µg em cada narina, 2x/dia.

Modo de administração.

  • Via inalatória: administrar a dose diária em duas tomadas. Agitar bem o spray antes do uso. Cuidar o intervalo de inspiração no momento da inalação. Se houver mais de um jato, deve haver pausa (10 s) entre eles. As cps inalatórias devem ser utilizadas com o inalador e nunca deglutidas.

Interações medicamentosas.

  • Antidiabéticos orais: o uso concomitante com beclometasona pode diminuir os níveis plasmáticos dos antidiabéticos.
  • Anfotericina B, diuréticos de alça e tiazídicos: o uso concomitante com beclometasona pode aumentar os níveis plasmáticos dos diuréticos e do antifúngico.

Lactação. Compatível.

Cefalexina

Grupo farmacológico. Antimicrobiano betalactâmico; cefalosporina de 1ª geração.

Apresentações. Cpr revestidos e drg com 500 ou 1.000mg; cps de 250 e 500mg; susp oral com 250mg/5mL em frascos de 60 e 100mL.

Usos. Infecções urinárias, infecções de pele e de tecidos moles e infecções das vias aéreas.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: 25-50mg/kg/dia, a cada 6-8 h. Para infecções graves: 50-100mg/kg/dia, a cada 6-8 h (máximo: 4g/dia). Otite média: 75-100mg/kg/dia a cada 6 h. Faringite estreptocócica, infecções cutâneas: 25-50mg/kg/dia a cada 12 h. Profilaxia de endocardite: 50mg/kg, 1 h antes do procedimento (máximo: 2 g).
  • Adolescentes: > 40kg: 250-500mg, a cada 6 h, dose máxima de 4g/ dia. Cistite não complicada (> 15 anos): 500mg a cada 12 h. Faringite estreptocócica, infecções cutâneas: 500mg a cada 12 h. Profilaxia de endocardite: 2 g, 1 h antes do procedimento.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar em jejum (1 h antes ou 2 h após os alimentos), pois a presença de alimentos retarda o alcance da concentração máxima sérica do medicamento. Se houver sintomas gastrintestinais, administrar com alimentos. Em caso de problemas de deglutição, as cps podem ser abertas, e seu pó, bem como os cpr podem ser dissolvidos em água fria (10mL) para uso imediato.
  • Via sonda: administrar a susp oral via sonda; pode-se misturá-la em água para diminuir a viscosidade do medicamento. Os cpr podem ser dispersos em água fria para uso imediato. Há, porém, possível risco de obstrução da sonda. Portanto, preferencialmente abrir as cps e dissolver o pó em volume adequado de água. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Probenecida: aumenta os níveis séricos da cefalexina.
  • Metformina: pode desencadear aumento nos níveis plasmáticos da metformina, levando a efeitos adversos (náusea, vômitos, cefaleia, diarreia).
  • Colestiramina: o uso concomitante pode reduzir os níveis plasmáticos da cefalexina.
  • Alimentos: a presença de alimentos retarda a absorção; preferencialmente administrar em jejum.

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

Ceftriaxona

Grupo farmacológico. Antimicrobiano; cefalosporina de 3ª geração.

Apresentações. Fr-amp para uso IM (250, 500 ou 1.000mg) ou IV (0,5 ou 1 g).

Usos. Meningites, infecções intra-abdominais e ginecológicas (deve ser usada em associação a anaerobicidas), bacteremias, gonorreia e sífilis. Usada preferencialmente em meningite e na profilaxia da doença meningocócica em gestantes. Altamente indutora de resistência; por isso, o seu uso em infecções respiratórias e infecções urinárias deve ser evitado.

Contraindicações. Hiperbilirrubinemia neonatal.

Posologia.

  • Neonatologia: 50mg/kg a cada 24 h. Meningite: dose de ataque de 100mg/kg; dose de manutenção: 80mg/kg a cada 24 h. Oftalmia gonocócica não complicada: 50mg/kg (dose máxima: 125mg) dose única. Hiperbilirrubinemia: em neonatos, usar cefotaxima em vez de ceftriaxona.
  • Lactentes e crianças < 12 anos: 50-75mg/kg/dia, a cada 12-24 h; meningite: 100mg/kg/dia a cada 12-24 h, dose de ataque de 100mg/kg pode ser administrada (dose máxima: 4g/dia). Quimioprofilaxia para contactantes de alto risco para doença meningocócica: ≤ 12 anos: 125mg, IM, em dose única; > 12 anos: 250mg, IM, em dose única. Doença de Lyme: 75-100mg/kg, por 2-4 semanas (dose máxima: 2g/dose). Infecção gonocócica não complicada, profilaxia pós-vitimização, doença inflamatória pélvica: 125mg, IM, em dose única. Infecção gonocócica complicada (IM, IV): < 45kg: peritonite, artrite ou bacteremia: 50mg/kg/dia, 1x/dia por 7 dias (dose máxima: 1g/dia). Conjuntivite: 50mg/kg em dose única (dose máxima: 1 g). Meningite ou endocardite: 50mg/kg/dia, divididos a cada 12 h, por 10-14 dias (meningite) ou 28 dias (endocardite) (dose máxima: 2g/dia). > 45kg: infecção gonocócica disseminada: 1 g, 1x/dia, por 7 dias. Meningite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 10-14 dias. Endocardite: 1-2g/dose a cada 12 h, por 28 dias. Conjuntivite (IM): 1 g em dose única. Cancroide (IM): 50mg/kg em dose única (dose máxima: 250mg). Epididimite aguda (IM): 250mg em dose única.
  • Adolescentes: 1-2 g, IV ou IM, a cada 12-24 h; dose máxima: 4g/dia.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: deve-se diluir a dose na concentração máxima de 40mg/mL e administrar em 2-4 min. Infusão: a dose, diluída em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9%, deve ser administrada de 15-30 min (concentração máxima entre 10 e 40mg/mL).
  • Via intramuscular: sim, administrar profundamente no glúteo. Deve ser diluído na concentração máxima de 250mg/mL, podendo ser utilizada lidocaína 1% como diluente.

Interações medicamentosas.

  • Ringer Lactato, gluconato de cálcio e outras soluções contendo cálcio: podem formar precipitados na sol.
  • Ciclosporina: pode ocorrer aumento da toxicidade da ciclosporina (parestesia, disfunção renal).

Lactação. Embora considerado seguro pela Academia Americana de Pediatria, usar com precaução.

Ciclosporina

Grupo farmacológico. Imunossupressor; macrolídeo; inibe a produção e a liberação da interleucina 2 e inibe a ativação induzida pela interleucina 2 nos linfócitos T.

Apresentações. Fr-amp com 50mg/mL em 1 ou 5mL; cps de 10, 25, 50 e 100mg; sol oral com 100mg/mL em 50mL.

Usos. Profilaxia da rejeição de transplantes renais, hepáticos e cardíacos (uso associado com azatioprina e/ou corticosteroides), artrite reumatoide ativa, grave e refratária a outros tratamentos, psoríase grave, glomeruloesclerose segmentar e focal e alguns casos de doença imune grave que são resistentes à corticoterapia (LES e miastenia grave).

Contraindicações. Artrite reumatoide e psoríase: função renal anormal, hipertensão não controlada, neoplasias malignas. Terapia concomitante com UVA ou UVB, metotrexato e outros imussupressores também são contraindicações para o uso em pacientes com psoríase. A emulsão oftálmica é contraindicada em pacientes com infecções oculares ativas.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: usar dose de adolescentes. Crianças podem tolerar doses maiores; manter nível sérico entre 100 a 400mg/mL.
  • Adolescentes: transplante: iniciar com dose de 5-6mg/kg, IV, ou 9±3mg/kg/dia, VO, administrada 4-12 h antes do transplante; manutenção com 2-10mg/kg, IV, divididos em 1-3 doses. Passar para a VO assim que possível. Transplante renal: 9±3mg/kg/dia, divididos em 2 doses diárias. Transplante hepático: 8±4mg/kg/dia, divididos em 2 doses. Transplante cardíaco: 7±3mg/kg/dia, divididos em 2 doses. Artrite reumatoide e psoríase: iniciar com dose de 2,5mg/kg/dia, VO, dividida em 2 doses. A dose pode ser aumentada em 0,5-0,7mg/kg/dia (dose máxima: 4mg/kg/dia), se não for observada resposta eficiente após 8 semanas para a artrite reumatoide ou 4 semanas para a psoríase. Descontinuar se não ocorrer resposta em 16 semanas para a artrite reumatoide ou 8 semanas para a psoríase. Doenças autoimunes: 1-3mg/kg/dia. As doses utilizadas no tratamento das glomerulopatias são muito variáveis dependendo do protocolo utilizado. Variam de 2,5-6mg/kg de peso corporal por dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar sempre da mesma forma, isto é, se for com alimento, sempre na presença deste para não ocorrer variações séricas. Para melhorar a palatabilidade da sol oral, pode-se diluir a dose em sucos de laranja ou maçã, leite ou achocolatado (uso imediato). Evitar copos plásticos; usar somente copos de vidro.
  • Via sonda: pode ocorrer adsorção com o material da sonda (inespecífico). Administrar a sol oral via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: administrar a sol lentamente (2-6 h) e não exceder a concentração final de 2,5mg/mL em soro. Não é necessário proteger da luz.
  • Via intramuscular: não.

Interações medicamentosas.

  • Erva-de-são-joão: deve ser evitada, pois pode alterar os níveis séricos da ciclosporina.
  • Micofenolato: a concentração plasmática do micofenolato pode alterar, diminuindo a sua eficácia.
  • Antiácidos, carbamazepina, griseofulvina, fenitoína, pirazinamida, rifampicina: esses medicamentos podem diminuir os níveis plasmáticos da ciclosporina.
  • Digoxina, caspofungina, etoposido, fentanil, metotrexato, minoxidil, natalizumabe, salmeterol, sinvastatina, atorvastatina, sirolimus, topotecano: a ciclosporina pode aumentar os níveis séricos desses medicamentos, podendo levar a efeitos de toxicidade.
  • Captopril, enalapril, gentamicina, amicacina, amiodarona, anfotericina B, fluco- nazol, bromocritina, carvedilol, colchicina, dasatinibe, melfalano, metotrexato, metoclopramida, metronidazol, anti-inflamatórios não esteroides, sirolimus, trastuzumabe: podem elevar os níveis plasmáticos da ciclosporina; monitorar o nível sérico.
  • Alimentos: pode ser administrado com ou sem alimentos.

Lactação. Não recomendado.

Codeína

Grupo farmacológico. Analgésico opioide; atividade agonista sobre os receptores mü.

Apresentações. Amp de 2mL (15mg/mL); cps com 30 e 60mg; cps de 7,5mg quando associado ao paracetamol; xpe com 120mL; sol oral com 10mL (3mg/mL).

Usos. Dor leve a moderada principalmente no pós-operatório e em pacientes com neoplasias; tosse em doses baixas para tosse não produtiva.

Contraindicações. Gestação e uso prolongado ou em altas doses (categoria de risco D).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: analgesia 0,5-1mg/kg/dose a cada 4-6 h (dose máxima de 60mg); tosse 1-1,5mg/kg/dia em doses divididas a cada 4-6 h.
  • Adolescentes: analgesia 30-60mg, VO, a cada 4-6 h; 30mg, IM ou SC, a cada 4-6 h; tosse: 10-20mg, VO, até cada 4-6 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos ou água para diminuir sintomas gastrintestinais. As formas líquidas podem ser diluídas em água para faciliar a administração.
  • Via sonda: utilizar a sol oral ou o xpe para ser administrado via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: não.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.

Interações medicamentosas.

  • Fluoxetina, sertralina, paroxetina, desmopressina, alprazolam, bromazepam, hidrato de cloral, clordiazepóxido, clobazam, clonazepam, dantrolene, diazepam, flunitrazepam, lorazepam, petidina, midazolam, morfina, nitrazepam: ocorre aumento dos riscos de depressão respiratória.
  • Alimentos: pode ser administrado com alimentos. A presença de alimentos diminui possíveis sintomas gastrintestinais.

Lactação. Usar com precaução.

Desloratadina

Grupo farmacológico. Antialérgico; anti-histamínico H1; 2ª geração.

Apresentações. Cpr revestido de 5mg; xpe com 2,5mg/5mL em fr de 30, 60 ou 100mL.

Usos. Rinite alérgica, urticária idiopática crônica.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 6 meses.
  • Pediatria: 6-11 meses: 1mg, 1x/dia; 1-5 anos: 1,25mg, 1x/dia; 6-11 anos: 2,5mg, 1x/dia.
  • Adolescentes: 5mg, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos e com ou sem água.
  • Via sonda: administrar o xpe via sonda. Recomenda-se diluir a dose em 10mL de água para facilitar a administração e diminuir a viscosidade da formulação. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas. Dados não disponíveis.

  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta significativamente a biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

Dexametasona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Cpr de 0,5, 0,75 e 4mg; elixir com 0,1mg/mL em 100 e 120mL; cr com 0,1% em bisnaga de 10 g; amp com 2mg em 1mL; amp com 10mg em 2,5mL.* Associada com timina, piridoxina e/ou cianocobalamina: 1 amp de 2mL + 1 amp de 1mL.

Usos. Doenças inflamatórias crônicas, alérgicas, hematológicas, dermatológicas, autoimunes, neoplasia, edema cerebral, choque séptico, antiemético na quimioterapia, teste diagnóstico (overnight) para síndrome de Cushing, reposição na insuficiência adrenal (requer associação com mineralocorticoide).

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, malária cerebral.

Posologia.

  • Neonatologia: edema de via aérea/extubação: 0,25mg/kg/dose, 4 h antes da extubação programada e, após, 3 doses a cada 8 h. Dose máxima 1mg/kg/dia. Terapia prolongada pode ser requisitada para casos mais graves. Displasia broncopulmonar: para facilitar extubação e melhorar função pulmonar em crianças com risco de desenvolverem doença pulmonar crônica, o esquema mais recomendado é 0,5mg/kg/dia por 2 dias, 0,25mg/kg/dia por 2 dias, 0,12mg/kg/dia por 2 dias, totalizando 6 dias, sempre de 12/12 h.
  • Pediatria: edema via aérea/extubação: 0,5-2mg/kg/dia, divididos 6/6h. Iniciar 24 h antes da extubação e continuar 4-6 doses após. Anti-inflamatório: 0,08-0,3mg/kg/dia ou 2,5-10mg/m2/dia a cada 6-12 h. Edema cerebral: dose inicial: 1-2mg/kg; após, 1-1,5mg/kg/dia, de 6/6h. Meningite: 0,15mg/kg/dose, de 6/6 h nos primeiros 4 dias de tratamento com antimicrobianos, devendo ser iniciado junto com a primeira dose do antibiótico. Anteriormente usada para edema de glote, hoje é questionada como tratamento da anafilaxia – como segunda linha e efeito tardio – em cujos casos o medicamento de escolha é a adrenalina. A dexametasona pode ser usada na dose 0,6mg/kg/dose na tentativa de evitar edema rebote tardio, porém não é consensual.
  • Adolescentes: para administração oral, utilizam-se habitualmente de 0,5-10mg/dia, divididos em 2-4 administrações. Para uso IV (fosfato), a dose varia de 0,5-24mg/dia. A dose da forma acetato é de 8-16mg a cada 1-3 semanas. Para o choque séptico, é recomendada a administração IV lenta de 2-6mg de fosfato de dexametasona; pode ser repetida a dose após 2-6 h, se necessário. No edema cerebral associado com tumor cerebral, 10mg de fosfato de dexametasona, IV, seguidos de 4mg, IV, a cada 6 h. Antiemético: 10-20mg, IV ou VO, 30 min antes da quimioterapia e 4-8mg a cada 12 h, por 2 dias. Reposição fisiológica: 0,03-0,15mg/kg/dia ou 0,6-0,75mg/m2/dia para adolescentes e crianças.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos ou leite. A presença de alimentos minimiza os efeitos gastrintestinais.
  • Via sonda: administrar o elixir via sonda. O cpr pode ser triturado e misturado em volume adequado de água para administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: diretamente sem diluir em soro (dose menor de 10mg) e administrar lentamente (5-10 min). Intermitente: adolescentes: diluir a dose em 50-100mL de SG 5% ou SF 0,9% e administrar em 15-30 min. Pediatria: diluir em volume adequado de soro para infusão.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: não recomendado.
  • Via tópica: aplicar uma fina camada na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, ciclosporina, natalizumabe, talidomida, diuréticos, varfarina, ibuprofeno, tenoxicam: pode ocorrer aumento nos níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Fluconazol, voriconazol, nifedipina, dasatinibe, eritromicina, ciprofloxacino, trastuzumabe, ácido salicílico: pode ocorrer aumento nos níveis séricos da dexametasona, aumentando seus efeitos.
  • Calcitriol, glibenclamida, insulina, caspofungina, isoniazida, nilotinibe, ácido salicílico, vacinas: o uso concomitante com dexametasona pode diminuir os efeitos desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, deferasirox, primidona, rifampicina: o uso concomitante com esses medicamentos pode diminuir os efeitos da dexametasona.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

Dexclorfeniramina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 1ª geração.

Apresentações. Drg de liberação lenta de 6mg; cpr de 2mg; xpe 2mg/5mL em 100 e 120mL; sol oral (gt) com 2,8mg/mL em 20mL; sol oral com 0,4mg/mL em 100mL; cr com 10mg/g em bisnaga de 30 g.

Usos. Rinite alérgica, urticária e outras alergias. Está entre os anti-histamínicos mais potentes.

Contraindicações. Uso concomitante de IMAO, recém-nascidos e prematuros.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: 2-6 anos: 0,5mg, 4-6x/dia. 6-12 anos: 1mg, 4-6x/dia.
  • Adolescentes: 2mg, 4-6x/dia, ou 4-6mg, 1-2x/dia, para as drg de liberação prolongada. Para drg de liberação lenta, tomar 1 ao deitar ou a cada 12 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: administrar a susp oral ou xpe via sonda. Não se recomenda triturar o cpr ou a drg pelo risco de variação na biodisponibilidade do fármaco. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via tópica: aplicar uma fina camada na região afetada.

Interações medicamentosas.

  • Procarbazina: o uso concomitante pode aumentar a depressão no SNC.
  • Alimentos: a presença de alimentos retarda a absorção do medicamento, mas não afeta sua biodisponibilidade.

Lactação. Usar com precaução.

Fluticasona

Grupo farmacológico. Corticoide.

Apresentações. Corticoide inalatório: aerossol com 50 ou 250µg (60 ou 120 doses); cps e Diskus com 50 e 250µg; Seretide Diskus® (50µg de salmeterol + 100, 250 ou 500µg de fluticasona) e Seretide spray® (25µg de salmeterol + 50, 125 ou 250µg de fluticasona). Corticoide nasal: Fr-spray com susp tópica na dose de 50µg (60 ou 120 doses).

Usos. Tratamento de manutenção da asma e da DPOC, rinite.

Contraindicações. Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: asma: crianças > 4 anos: 50-100µg, 2x/dia.
  • Adolescentes: rinite: iniciar com 2 jatos em cada narina, 1x/dia; pode ser necessário aumentar a dose para 2 jatos em cada narina, 2x/dia. Asma: dose baixa: 100-250µg; dose média: 250-500µg; dose elevada: > 500µg.

Modo de administração.

  • Via inalatória oral: administrar a dose diária em 2 tomadas. Cps: colocar a cps no inalador, fechar; colocar o inalador na boca e aspirar. Spray oral: agitar bem o spray antes do uso; cuidar o intervalo de inspiração no momento da inalação, pois, se houver mais de um jato, deve haver pausa (10 s) entre eles (crianças podem fazer uso de espaçadores).
  • Via inalatória nasal: spray nasal: aplicar diretamente na narina, limpando o aplicador do spray após o uso com água morna.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, furosemida, hidroclorotiazida, clortalidona: a fluticasona pode aumentar os efeitos desses medicamentos.
  • Fluconazol, dasatinibe, nelfinavir, ritonavir, saquinavir: os efeitos da fluticasona podem aumentar na presença desses medicamentos.
  • Antidiabéticos: o uso concomitante com fluticasona pode diminuir os efeitos dos antidiabéticos.

Lactação. Usar com precaução.

Furosemida

Grupo farmacológico. Diurético de alça; inibe o cotransportador Na+-K+-2Cl– na membrana luminal da porção espessa da alça de Henle.

Apresentações. Cpr de 40mg; amp com 10 ou 20mg/mL em 2mL.

Usos. Usado em pacientes com edema associado à ICC. Edema e ascite relacionados a hepatopatias. Edema/hipervolemia associados à síndrome nefrótica e IRC. O benefício na prevenção ou no tratamento da IR é duvidoso.

Contraindicações. Depleção grave de sódio e volume, anúria não responsiva a diurético.

Posologia.

  • Neonatologia: 1mg/kg, IV, IM ou VO. Pode aumentar até 2mg/kg/dose, IV, ou 6mg/kg/dose, VO.
  • Pediatria: 2-6mg/kg/dia a cada 6-12 h, VO; 1-2mg/kg/dose a cada 6-12h, IV; infusão contínua 0,05-0,4mg/kg/h – regular a dose de acordo com a resposta clínica.
  • Adolescentes: 40-320mg/dia, VO, 1-3x/dia. Dose injetável (IM ou IV): 20-40mg/dose.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com alimentos ou leite para reduzir sintomas gastrintestinais.
  • Via sonda: os cpr podem ser triturados e dispersos em água ou pode-se preparar a susp oral a partir do cpr para a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: direto sem diluir, em 1-2 min. Intermitente: diluir o medicamento em SF 0,9% ou SG 5% na concentração máxima de 10mg/mL. Administrar em uma velocidade de 4mg/min (doses > 120mg) ou 0,5mg/kg/min (doses < 120mg) ou infusão contínua.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: dados não disponíveis.

Interações medicamentosas.

  • Captopril, lisinopril, alopurinol, amifostina, amicacina, gentamicina, lítio, pancurônio, rituximabe, salicilatos: a furosemida pode aumentar os níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo desencadear efeitos adversos.
  • Dexametasona, metilprednisolona, diazóxido, moclobemida, selegilina: os efeitos da furosemida podem ficar potencializados na presença desses medicamentos.
  • Alisquireno, metilfenidato, fenitoína, salicilatos: podem interferir nos efeitos da furosemida, reduzindo-os.
  • Alimentos: a presença de alimentos pode diminuir a absorção do medicamento (dados controversos).

Lactação. Usar com precaução.

Hidroxiureia

Grupo farmacológico. Agente antineoplásico.

Apresentação. Cps de 500mg.

Usos. Leucemia mieloide crônica, câncer de cabeça e pescoço e células escamosas em combinação com radioterapia, doença da hemoglobina SS, trombocitose essencial, melanoma maligno, carcinoma de ovário recorrente, metastático ou inoperável.

Contraindicações. Hipersensibilidade à hidroxiureia, leucopenia (< 2.500 leucócitos), trombocitopenia (< 100.000) ou anemia grave.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: astrocitoma, meduloblastoma e tumores neuroectodérmicos primitivos: VO, 1 500-3.000mg/m2/dia a cada 4-6 semanas. Leucemia mieloide crônica: VO, 10-20mg/kg/dia, ajustando a dose conforme resposta hematológica. Anemia falciforme: VO, iniciar com 15mg/kg/dia em dose única diária, aumentar a dose a cada 12 semanas em 5mg/kg/dia, conforme tolerância, ou até um máximo de 35mg/kg/dia.
  • Adolescentes: tumores sólidos: VO, 80mg/kg em dose única a cada 3 dias; ou 20-30mg/kg/dia em dose única diária. Concomitante com radioterapia, VO, 80mg/kg em dose única a cada 3 dias, iniciando pelo menos 7 dias antes da radioterapia. Leucemia mielomonocítica crônica: VO, 20-30mg/kg/dia em dose única diária. Anemia falciforme: VO, iniciar com 15mg/kg/dia em dose única diária, aumentar a dose a cada 12 semanas em 5mg/kg/dia, conforme tolerância, ou até um máximo de 35mg/kg/dia. HIV: VO, 1.000-1.500mg/dia em dose única ou dividida. Psoríase: VO, 1.000-1.500mg/dia em dose única ou dividida.

Modo de administração.

  • Via oral: preferencialmente, administrar com estômago vazio, com água. Em pacientes com problemas de deglutição, a cps pode ser aberta e seu pó dissolvido em 100mL de água fria ou em xpe (uso imediato).
  • Via sonda: as cps podem ser abertas e misturadas em água (100mL), para uso imediato. Alguns excipientes não se dissolvem em água. O pó branco que permanece em susp pode ser descartado. O medicamento, após misturado em água fria, não tem estabilidade, portanto, deve ser administrado em seguida. Não há estudos de biodisponibilidade do fármaco por essa via. Levar em consideração cuidados na manipulação de citostáticos. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Didanosina, estavudina: uso concomitante com hidroxiureia pode causar pancreatite e hepatotoxicidade.
  • Vacinas com vírus vivos: pode resultar em aumento no risco de infecção pela vacina.
  • Alimentos: não há relatos do efeito dos alimentos na farmacocinética do medicamento.

Lactação. Devem ser analisados os benefícios da utilização durante a amamentação.

Hidroxizina

Grupo farmacológico. Anti-histamínico H1; 1ª geração.

Genérico. Cloridrato de hidroxizina.

Apresentações. Cpr de 10, 25 e 50mg; sol oral 10mg/5mL de 100, 120 ou 240mL; sol oral com 2mg/mL em 15, 25, 50 e 100mL.

Usos. Antiemético indicado no tratamento sintomático da doença de Ménière, distúrbios vestibulares, profilaxia para cinetose. Usado para tratamento sintomático de lesões pruriginosas (principalmente urticária). Também é usado no tratamento da ansiedade e da insônia.

Contraindicações. Início da gestação, hipersensibilidade à hidroxizina.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para < 12 meses.
  • Pediatria: sedação pré-operatória: VO: 0,6mg/kg/dose. Ansiedade/prurido: VO: 2mg/kg/dia ou < 6 anos: 50mg/dia, 3-4x/dia, e ≥ 6 anos: 50-100mg/dia, 3-4x/dia.
  • Adolescentes: ansiedade: 50-100mg/dose, VO, até 4x/dia. Sedação pré-operatória: VO, 50-100mg. Prurido: VO, 25mg, 3-4x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem alimentos.
  • Via sonda: administrar a sol oral via sonda; os cpr podem ser macerados e dissolvidos em volume adequado de água para a administração. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Procarbazina, zolpidem: pode resultar em aumento nos efeitos de depressão do SNC.
  • Alimentos: a presença de alimentos não interfere na absorção do medicamento.

Lactação. Não recomendado.

Metilprednisolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Cpr de 4mg; fr-amp com 40, 125, 500 e 1.000mg + diluente; fr-amp com 40mg/mL em 1,2 ou 5mL.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes, imunodepressão (pulsoterapia), lesões medulares agudas.

Contraindicações. Lesões de virais ou fúngicas, administração de vacinas de vírus vivos, infecções graves não controladas (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: anti-inflamatório ou imunossupressor: VO ou IM é de 0,5-1,7mg/kg/dia ou 5-25mg/m2/dia a cada 6-12 h. Pulsoterapia = adolescente. Seus efeitos são similares aos das doses equivalentes de prednisona. Asma grave: 1mg/kg/dose, IV, a cada 6 h, por 48 h e, após, 1-2mg/kg/dia, divididos em 2 doses.
  • Adolescentes: anti-inflamatório ou imunossupressor: as doses habituais iniciais, VO, são de 4-60mg/dia, divididos em 1-4x/dia, com posterior redução gradual e IV (succinato) 10-40mg em vários min. Pulsoterapia: 15-30mg/kg, IV, 1x/dia (durante 3 dias). Lesões medulares agudas: IV (succinato): 30mg/kg, 15 min, seguidos em 45 min de infusão contínua de 5,4mg/kg/h, por 23 h. Asma grave: IV, 30-60mg/dose em 4 doses.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar os cpr com ou sem alimentos. Pode ser antes ou logo após os alimentos ou leite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do cpr em volume de água adequado para a administração (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa (forma succinato somente): bolo: doses menores (< 250mg) podem ser administradas em até 5 min, sem necessidade de diluir a dose em volume de soro (concentração máxima de 125mg/mL). IV/intermitente: a administração IV de altas doses (> 250mg) deve ser feita lentamente, de 30-120min; a dose deve ser diluída, na concentração máxima entre 2,5-20mg/mL (ou 50-200mL), em SF 0,9% ou SG 5% para a infusão. Pulsoterapia: administrar em tempo ≥ 30 min.
  • Via intramuscular (forma acetato e succinato): sim.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina lipossomal, hidroclorotiazida: pode desencadear hipocalemia.
  • Aprepitanto, diltiazem, itraconazol: podem aumentar os efeitos da metilprednisolona; monitorar efeitos de toxicidade.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: podem diminuir os efeitos da metilprednisolona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: há risco aumentado de ruptura de tendão.
  • Ácido acetilsalicíclico: há risco aumentado de hemorragia e irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode diminuir o efeito desses medicamentos, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina: pode ocorrer diminuição no efeito da quetiapina.
  • Tacrolimus: pode ocorrer aumento nos níveis séricos do tacrolimus, que devem ser monitorados.
  • Dicumarol, femprocumona, varfarina: há risco de sangramento.
  • Vacinas: pode provocar variações na resposta do imunobiológico.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a farmacocinética do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

Neomicina

Grupo farmacológico. Antimicrobiano; aminoglicosídeo.

Apresentações. Acetato de clostebol + sulfato de neomicina: cr dermatológico de 5 + 5mg/g de 30 g, cr vaginal de 5 + 5mg/g de 45 g. Sulfato de neomicina + bacitracina: pomada dermatológica de 5mg + 250 UI/g de 10, 15 e 50 g. Dipropionato de betametasona + cetoconazol + sulfato de neomicina: cr de 0,64 + 20 + 2,5mg/g de 30 g; pomada de 0,64 + 20 + 2,5mg/g de 30 g. Valerato de betametasona + sulfato de neomicina: cr de 1 + 5mg/g de 30 g; pomada de 1 + 5mg/g de 30 g. Sulfato de neomicina: pomada dermatológica de 3,5mg/g de 20 g. Acetato de clostebol + sulfato de neomicina: cr vaginal de 5 + 5mg/g de 40 g; cr dermatológico de 5 + 5mg/g de 30 g. Triancinolona acetonida + sulfato de neomicina + gramicidina + nistatina: pomada de 1mg + 2,5mg + 0,25mg + 100.000 UI/g de 10 g; cr de 1mg + 2,5mg + 0,25mg + 100.000 UI/g de 10 g.

Usos. Preparo de cólon para cirurgia; redução da população bacteriana intestinal em pacientes com encefalopatia hepática; diarreia causada por E. coli; uso tópico para tratamento de infecções de pele e infecções oculares.

Contraindicações. Sensibilidade à neomicina ou a outros aminoglicosídeos, obstrução intestinal (uso oral).

Posologia.

  • Neonatologia: tratamento VO de diarreias: 50mg/kg/dia a cada 6 h.
  • Pediatria: preparo de cólon pré-operatório: VO: 90mg/kg/dia, 4/4 h, por 2 dias.
  • Encefalopatia hepática: VO: 50-100mg/kg/dia, 6/6 h ou 8/8 h (dose máxima: 12g/dia). Infecções de pele: aplicar fina camada em área afetada da pele, 2-3x/dia, por 1 semana. Diarreia causada por E. coli enteropatogênica: 50mg/kg/dia, 6/6 h, por 2-3 dias.
  • Adolescentes: preparo de cólon pré-operatório: VO: 6g/dia, 4/4 h, por 2-3 dias. Encefalopatia hepática: VO: 500-2.000mg 6/6 h ou 8/8 h. Infecções de pele: aplicar fina camada em área afetada da pele, 2-3x/dia, por 1 semana. Diarreia causada por E. coli enteropatogênica: 3g/dia, 6/6 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado sem considerar a presença de alimentos.
  • Via sonda: os cpr podem ser triturados e dissolvidos em volume adequado de água fria para administração via sonda. Preferir administração por sondas nasogástricas. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via tópica: administrar fina camada do cr no local indicado.

Interações medicamentosas.

  • Aminoglicosídeos, anfotericina B, cefalosporinas, ciclosporina, metoxiflurano e diuréticos de alça: o uso concomitante pode ser ototóxico e nefrotóxico.
  • Alimentos: dados não disponíveis.

Lactação. Não recomendado.

Piperacilina + tazobactam

Grupo farmacológico. Antibacteriano; penicilina associada com inibidor de betalactamase.

Apresentações. Pó liofilizado com 2 g de piperacilina + 250mg de tazobactam (2,25g); pó liofilizado com 4 g de piperacilina + 500mg de tazobactam (4,5 g).

Usos. Infecções graves por bactérias sensíveis Gram-negativas, como sepse, pneumonias, pielonefrite, infecções de pele, ossos, articulações e infecções ginecológicas.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Neonatologia: 50-100mg/kg/dose.
  • Pediatria: usar 150-300mg/kg/dia do componente piperacilina, a cada 6 h; em infecções graves por Pseudomonas, pode-se utilizar 400mg/kg/dia. Em casos de apendicite/peritonite, até 40kg, 300mg/kg/dia, a cada 8 h.
  • Adolescentes: 2,25-4,5 g, a cada 6 ou 8 h, por 7-14 dias.

Modo de administração.

  • Via intravenosa: bolo: diluir a dose em 20-50mL e administrar em 3-5 min; intermitente: diluir em 50-250mL de SF 0,9% ou SG 5% e administrar em 20-30 min. Considerar concentração máxima de 200mg/mL (sob o componente piperacilina) para diluição em soro.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.

Interações medicamentosas.

  • Amicacina, gentamicina, neomicina, estreptomicina, tobramicina: pode resultar em perda de eficácia do aminoglicosídeo; dar intervalo de 1-2 h entre a administração da penicilina e do aminoglicosídeo.
  • Probenecida: pode resultar em aumento nos efeitos da piperacilina + tazobactam.
  • Vecurônio: pode resultar em prolongamento no efeito de bloqueio muscular.

Lactação. Usar com precaução.

Prednisolona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. Sol oftálmica com 5mL (10mg/mL); sol oral (3mg/mL) em 60, 100, 120mL; sol oral (1mg/mL) em 120mL.

Usos. Tratamento de distúrbios endocrinológicos, reumatológicos, doenças do colágeno e dermatológicas, estados alérgicos, doenças oftalmológicas, repiratórias, neoplásicas, doenças do trato gastrintestinal, asma.

Contraindicações. Hipersensibilidade à prednisolona, herpes superficial, infecção fúngica grave, infecção por varicela-zóster.

Posologia.

  • Neonatologia: 1mg/kg/dia, em 2 doses diárias.
  • Pediatria: Exacerbação asmática: < 12 anos: 1-2mg/kg, 1x/dia, pela manhã (máximo: 60mg/dia) até melhora clínica ou peakflow 70% do basal, o que leva geralmente 3-10 dias de tratamento. Anti-inflamatória ou imunossupressora: 0,1-2mg/kg/dia, divididos 1-4x/dia. Síndrome nefrótica: 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia, em 1-3x/dia (dose máxima: 80mg/dia) até que a urina esteja livre de proteína, ou por 4-6 semanas, seguida de dose de manutenção 2mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose em dias alternados, sendo titulado até suspensão após 4-6 semanas.
  • Adolescentes: 40-80mg/dia, divididos em 1-2 doses até peak flow 70% do basal. 40-60mg/dia, 1x/dia, curso de 3-10 dias.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem alimentos.
  • Via sonda: a sol oral pode ser administrada via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via oftálmica: instilar a gt no olho afetado e pressionar por 1-2 min; cuidar para não encostar o instilador na mucosa ocular.

Interações medicamentosas.

  • Interleucina: ocorre redução da efetividade da interleucina.
  • Anfotericina B, clortalidona, furosemida, hidroclorotiazida: há aumento no risco de hipocalemia.
  • Ácido salicílico: há aumento nos efeitos de úlceras ou irritação gastrintestinal.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar em diminuição nos efeitos dos bloqueadores neuromusculares, prolongando fraqueza muscular e miopatia.
  • Quetiapina, neostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar em diminuição nas concentrações séricas desses medicamentos.
  • Carbamazepina, colestiramina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina: pode resultar em diminuição nos efeitos da hidrocortisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode ocorrer aumento nos riscos de ruptura de tendão.
  • Anticoncepcionais orais, itraconazol: pode ocorrer prolongamento dos efeitos da hidrocortisona.
  • Vacinas: pode resultar em resposta imunobiológica inadequada da vacina.
  • Femprocumona, varfarina: pode resultar em aumento nos riscos de sangramento.
  • Alimentos: a presença de alimentos parece não afetar a absorção do medicamento.

Lactação. Usar com precaução.

Prednisona

Grupo farmacológico. Corticoide sistêmico.

Apresentações. cpr de 5 e 20mg.

Usos. Tratamento anti-inflamatório ou imunossupressor em uma variedade de condições, incluindo as hematológicas, alérgicas, inflamatórias, neoplásicas, autoimunes.

Contraindicações. Infecções fúngicas sistêmicas, varicela, infecção grave (exceto choque séptico e meningite tuberculosa).

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: mesmas doses/indicações da prednisolona.
  • Adolescentes: as doses são de 2,5-60mg/dia. A dose de reposição fisiológica para crianças e adolescentes é de 4-5mg/m2/dia. A dose depende da condição a ser tratada e da resposta do paciente. A descontinuação do uso prolongado requer uma retirada gradual. Altas doses diárias são necessárias para controle de doenças severas. Em geral, usam-se 4-10 dias para algumas enfermidades alérgicas ou colagenoses. Doses habituais: asma: 1-2mg/kg/dia, divididos em 1-2x/dia, por 3-5 dias. Imunossupressão em transplante renal: 0,5-1mg/kg/dia, nas primeiras semanas, com redução gradual até a dose de manutenção de 5mg/dia. Pneumonia por Pneumocystis carinii: 40mg, 2x/dia, por 5 dias, seguidos por 40mg, 1x/dia, por 5 dias, seguidos por 20mg/dia, por 11 dias, ou até completar a antibioticoterapia. Tireotoxicose: 60mg/dia. Quimioterapia: 20mg/dia a 100mg/m2/dia. Artrite reumatoide: uso da menor dose possível (7,5mg/dia). Púrpura trombocitopênica idiopática: 60mg/dia, por 4-6 semanas. LES agudo: 1-2mg/kg/dia, divididos em 2-3 doses; na manutenção, passar para a menor dose possível, geralmente < 1mg/kg/dia, em dose única matinal. Síndrome nefrótica: 1-2mg/kg/dia, em adolescentes; em crianças, 2mg/kg/dia ou 60mg/m2/dia (máximo: 80mg/dia) até negativar proteinúria por 3 dias consecutivos (máximo 28 dias); seguidos por 1-1,5mg/kg/dose ou 40mg/m2/dose, por 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, o cpr pode ser triturado, e seu conteúdo, dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da susp oral a partir dos cpr. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Anfotericina B, hidroclorotiazida: pode resultar em risco de hipocalemia.
  • Ácido acetilsalicílico: pode resultar em aumento nos riscos de irritação gástrica.
  • Atracúrio, pancurônio, rocurônio: pode resultar na diminuição da eficácia dos bloqueadores neuromusculares.
  • Vacinas: pode resultar na variação das respostas imunobiológicas.
  • Carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, primidona, rifampicina, somatropina: pode resultar na diminuição nos efeitos da prednisona.
  • Fluconazol, isoniazida, itraconazol, ritonavir: pode resultar no aumento dos efeitos da prednisona.
  • Ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino: pode potencializar efeito de ruptura de tendão.
  • Ciclosporina, dicumarol, femprocumona, varfarina: pode resultar no aumento dos efeitos desses medicamentos.
  • Quetiapina, nesostigmina, piridostigmina, tretinoína: pode resultar na diminuição dos níveis plasmáticos desses medicamentos, diminuindo o efeito esperado.
  • Montelucaste: pode resultar em edema periférico severo.
  • Alimentos: a presença de alimentos não interfere na biodisponibilidade do medicamento.

Lactação. Compatível.

Salbutamol

Grupo farmacológico. Broncodilatador; beta-2-agonista de curta ação.

Apresentações. Aerossol pressurizado de 100mg de sulfato de salbutamol por jato com 200 doses e sol para nebulização com 5mg/mL em 10mL; cpr de 2 e 4mg; amp de 0,5mg/mL; xpe com 0,4mg/mL em 120mL.

Usos. No tratamento da crise e/ou manutenção da asma. No tratamento de exacerbações e/ou manutenção da DPOC. Prevenção do broncospasmo induzido pelo exercício.

Contraindicações. Pacientes com arritmia cardíaca associada a taquicardia, taquicardia causada por intoxicação digitálica ou pacientes que apresentem resposta incomum às aminas simpaticomiméticas.

Posologia.

  • Neonatologia: segurança e eficácia não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: crise de asma: spray: 400-800mg/dose (4-8 jatos) a cada 20 min por 3 doses, após a cada 1-4 h; nos lactentes em crise aguda, mínimo 5 jatos. Nebulização: 0,15mg/kg (mínimo: 2,5mg) a cada 20min, por 3 doses, após, 0,15-0,3mg/kg (não exceder 10mg) a cada 1-4 h, conforme necessidade, ou 0,5mg/kg/h em nebulização contínua. IV contínuo: 1-15mg/kg/min; iniciar com menor dose e aumentar conforme necessidade (1 amp = 500mg).
  • Adolescentes: spray: 100-200µg a cada 4-6 h. Nebulização: 8-10 gt em 3-4mL de SF 0,9% a cada 4-6 h. Na crise: spray, 4-8 jatos com espaçador, a cada 15 min, na 1a h e, após, a cada 1-4h. Nebulização: 10 gt a cada 15 min na 1a h e, após, a cada 1-4 h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o xpe e os cpr com ou sem alimentos.
  • Via sonda: o xpe para administração via sonda pode ser rediluído em volume adequado de água ou suco de frutas para diminuir a viscosidade (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: pode ser administrado lentamente na concentração de 50mg/mL. Contínuo: administrar na velocidade inicial de 5mg/min, podendo-se aumentar a cada 15-30 min para 10-20mg/min, em bomba de infusão. O medicamento não deve ser administrado sem diluição em soro; diluir a dose na concentração entre 10-20mg/mL de SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim.
  • Via inalatória: spray: agitar bem o spray antes do uso. Aplicação: segurar o inalador na posição vertical entre os dedos, a uma distância dos lábios, expirar lentamente até todo o ar sair dos pulmões. Ao disparar o jato, inspirar o ar pela boca e prender a respiração por 10 s. Se houver mais de 1 jato, deve haver pausa (10 s) entre eles. Nebulização: diluir a dose em SF 0,9% até completar 3mL; fazer uso de máscara facial.

Interações medicamentosas.

  • Digoxina: pode ocorrer diminuição nos efeitos da digoxina.
  • Esmolol, carvedilol, metoprolol, nadolol, pindolol, propranolol, sotalol: pode ocorrer diminuição na eficácia com uso concomitante com salbutamol.
  • Lazabemida, linezolida, moclobemida, pargilina, procarbazina, rasagilina, selegilina: pode ocorrer aumento nos riscos de agitação, taquicardia ou hipomania pelo aumento nos efeitos do salbutamol.
  • Alimentos: a presença de alimentos não afeta a absorção do medicamento de liberação imediata.

Lactação. Usar com precaução.

Tacrolimus

Grupo farmacológico. Imunossupressor; inibe a ativação dos linfócitos T possivelmente por ligar-se à proteína intracelular FKBP-12.

Apresentações. Cps de 1 e 5mg; amp com 5mg/mL em 1mL; pomada com 0,03% ou 0,1% em bisnaga de 10 g.

Usos. Transplantes cardíaco, renal ou hepático; uso tópico (Protopic®) em dermatite atópica em pacientes que não respondem à terapia convencional. Está em estudo o uso em transplantes de intestino e de medula óssea.

Contraindicação. Lactação.

Posologia.

  • Neonatologia: eficácia e segurança não estabelecidas para recém-nascidos.
  • Pediatria: transplante hepático: VO: iniciar com 0,15-0,2mg/kg/dia, dividido em 2 doses (iniciar nas primeiras 6 h após o transplante); IV: 0,03-0,05mg/kg/dia, em infusão contínua (iniciar nas primeiras 6 h após o transplante). Transplante renal: VO: iniciar com 0,2-0,3mg/kg/dia, dividido em 2 doses (iniciar nas primeiras 24 h após o transplante); IV: iniciar com 0,06mg/kg/dia, em infusão contínua (iniciar nas primeiras 6 h após o transplante). Transplante cardíaco: VO: iniciar com 0,1-0,3mg/kg/dia, dividido em 2 doses; IV: iniciar com 0,01-0,03mg/kg/dia, em infusão contínua. Prevenção da doença do enxerto versus hospedeiro: IV: 0,03mg/kg/dia, em infusão contínua. VO: multiplique a dose IV por 4 e divida em 2 doses diárias. Dermatite atópica: tópico: 2 aplicações diárias; seguir uso por 1 semana após o desaparecimento das lesões.
  • Adolescentes: transplante renal: VO: iniciar com 0,1-0,3mg/kg/dia, dividido em 2 doses (iniciar nas primeiras 24 h após o transplante); IV: iniciar com 0,03-0,05mg/kg/dia, em infusão contínua (iniciar nas primeiras 6 h após o transplante). Transplante hepático: VO: iniciar com 0,1-0,15mg/kg/dia, dividido em 2 doses (iniciar nas primeiras 6 h após o transplante); IV: 0,03-0,05mg/kg/dia, em infusão contínua (iniciar nas primeiras 6 h após o transplante). Prevenção da doença do enxerto versus hospedeiro: IV: 0,03mg/kg/dia, em infusão contínua.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com o estômago vazio, em jejum. Administrar sempre no mesmo horário todos os dias.
  • Via sonda: para a administração via sonda, administrar a susp oral a partir do pó das cps. As cps podem ser abertas e seu conteúdo misturado em 20mL de água – usar luvas (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via intravenosa: bolo: não administrar; IV/contínuo: diluir a dose na concentração máxima de 0,02mg/mL, em SF 0,9% ou SG 5%. O tempo usual de infusão pode variar de 1-12 h. Preferencialmente, não usar bolsas de PVC pelo risco de adsorção do medicamento.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: não.
  • Via tópica: aplicar uma fina camada na pele limpa e seca. Para uso externo somente.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de magnésio, amiodarona, atazanavir, basiliximabe, bromocriptina, cloranfenicol, cimetidina, claritromicina, danazol, darunavir, dasatinibe, diltiazem, eritromicina, anticoncepcionais, fluconazol, fosamprenavir, itraconazol, lansoprazol, metilprenisolona, metoclopramida, metronidazol, nifedipina, omeprazol, posaconazol, voriconazol: pode ocorrer aumento nos níveis séricos do tacrolimus, chegando a níveis de toxicidade.
  • Amicacina, anfotericina B, ciclosporina, diclofenaco, dipirona, ganciclovir, gentamicina, ibuprofeno, indometacina, naproxeno, tenoxicam: pode ocorrer piora da função renal.
  • Amilorida, espironolactona: pode resultar em hipercalemia.
  • Carbamazepina, caspofungina, efavirenz, nevirapina, fenobarbital, fenitoína, rifampicina: pode resultar na diminuição dos efeitos do tacrolimus.
  • Colchicina: pode ocorrer aumento nos níveis plasmáticos da colchicina.
  • Ziprasidona: poderá resultar em efeitos de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes, arritmias).
  • Alimentos: a presença de alimentos retarda e diminui a absorção do medicamento em até 27%.

Lactação. Usar com precaução.

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