- Introdução
A perfuração septal é definida como um defeito anatômico secundário à perda de mucosa, submucosa, pericôndrio e esqueleto osteocartilaginoso do septo nasal, que leva à comunicação das cavidades nasais direita e esquerda.
A apresentação clínica de pacientes com perfuração septal é extremamente variável, desde as formas assintomáticas até condições com impacto negativo na qualidade de vida, como epistaxe, formação de crostas, obstrução nasal, dor ou sibilância nasal.
As perfurações septais podem ser decorrentes de uma ampla variedade de causas, que incluem etiologias traumáticas, iatrogênicas, uso de drogas ilícitas, medicamentos tópicos, doenças infecciosas, autoimunes, neoplásicas e condições idiopáticas. A determinação etiológica correta é fundamental para o adequado tratamento clínico e planejamento de correção cirúrgica.
Neste capítulo, serão abordadas as características epidemiológicas da perfuração septal e suas etiologias mais comuns, que demandam uma minuciosa investigação médica global, passando por uma avaliação detalhada do histórico médico atual e pregresso, e a realização do exame físico completo e de exames complementares direcionados.
A investigação precisa das perfurações septais, muitas vezes, leva ao reconhecimento de doenças sistêmicas de base, assim como possibilita o melhor planejamento para a reconstrução cirúrgica nos casos sintomáticos.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
- identificar o paciente com quadro clínico compatível com perfuração septal;
- reconhecer as principais causas de perfuração septal, identificando os sinais e sintomas sistêmicos que podem estar associados a algumas causas dessa lesão;
- conduzir adequadamente a investigação etiológica da perfuração septal.
- Esquema conceitual