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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE IMAGEM PEDIÁTRICA NOS ACOMETIMENTOS CEREBRAIS INTRACRANIANOS

Autores: Márcia Wang Matsuoka, Suely Fazio Ferraciolli, Lisa Suzuki
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • reconhecer os principais diagnósticos diferenciais dos acometimentos cerebrais neonatais e de crianças com maior idade;
  • determinar o fluxo que deve ser seguido em casos de acometimentos cerebrais neonatais e de crianças com maior idade e mais complexas.

Esquema conceitual

Introdução

Atualmente, estão disponíveis múltiplas modalidades de imagem para o estudo cerebral em neonatos e crianças maiores.

Entre os métodos de imagem disponíveis, a ultrassonografia (USG) é o método de imagem primeiramente solicitado na faixa neonatal, pela fácil execução e pela disponibilidade, reservando-se os outros métodos para os casos em que seja necessário o prosseguimento na avaliação diagnóstica. A tomografia computadorizada (TC) habitualmente é destinada para os casos em que há necessidade de resposta rápida, na avaliação de traumatismo craniencefálico (TCE) ou na necessidade de avaliação da parte óssea craniana. Já a ressonância magnética (RM) tem seu papel fundamental para uma avaliação mais detalhada do SNC.

É importante ressaltar que a TC utiliza radiação ionizante, fator que deve ser considerado ao indicar esse exame, em decorrência do potencial risco de aumento na incidência de tumores,1 sendo maior o risco quanto menor a idade do paciente e quanto maior for o número de exames realizados, em virtude do efeito cumulativo da radiação. Em contrapartida, os equipamentos modernos apresentam recursos mais efetivos de redução de dose e protocolos dedicados para a faixa pediátrica, desenvolvidas ao longo dos últimos anos, utilizando o conceito ALARA (as low as reasonably achievable), em que a dose de radiação é reduzida ao máximo, desde que as imagens adquiridas tenham qualidade suficiente para o diagnóstico.2

É preciso lembrar, ainda, que alguns exames de TC e, particularmente, a RM, dependendo da indicação clínica e da criança, necessitam de uso de contraste intravenoso (IV) e/ou sedação. No entanto, ressalta-se que alguns equipamentos de TC modernos disponíveis no mercado são tão rápidos que tornaram factíveis a realização de tomografia em neonatos e crianças pequenas sem a necessidade de anestesia, muitas vezes com qualidade superior e com menor radiação. Em algumas situações, também é possível a realização de RM em neonatos sem anestesia, com qualidade suficiente para responder às hipóteses clínicas.2

Serão abordadas neste capítulo as situações em que a imagem apresenta relevância. Tendo em mente que as patologias cerebrais podem se sobrepor, a interpretação adequada de suas características, juntamente com os dados clínicos, são de grande importância, tanto no diagnóstico como na decisão da conduta terapêutica e no acompanhamento da evolução clínica.

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