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LESÃO PULMONAR AUTOINDUZIDA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA

Autor: Werther Brunow de Carvalho
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • rever a fisiologia e a anatomia relacionada à respiração;
  • descrever a fisiopatologia do edema pulmonar relacionada à pressão negativa e da lesão pulmonar autoinduzida pelo paciente (P-SILI);
  • verificar os determinantes da condução respiratória;
  • analisar a histologia pulmonar como consequência da P-SILI;
  • identificar as lesões pulmonar e diafragmática devidas ao esforço respiratório do paciente;
  • reconhecer os fatores de risco para o desenvolvimento da P-SILI;
  • avaliar os dados relacionados à prevenção e ao tratamento da P-SILI.

Esquema conceitual

Introdução

Recentemente, surgiu um acrônimo de importância relevante: P-SILI, que representa a lesão pulmonar autoinduzida pelo paciente. Esse termo foi recentemente colocado por Brochard e colaboradores, 2017,1 entretanto foi mencionado pela primeira vez por Loebe, em 1928,2 que descreveu uma pressão negativa elevada na cavidade torácica durante a inspiração determinando a entrada de líquidos nos capilares pulmonares para o alvéolo, ocasionando congestão pulmonar e edema.

O conceito de P-SILI amplia o conceito existente da lesão pulmonar induzida pelo aparelho de ventilação pulmonar mecânica (VILI), pois essa conceitualmente é verificada somente com o uso de suporte ventilatório com ventilação pulmonar mecânica (VPM), enquanto a P-SILI ocorre no paciente que apresenta respiração espontânea. De modo simplificado, pode-se definir a P-SILI como uma lesão pulmonar causada pela atividade dos músculos respiratórios nos pacientes com respiração espontânea, com suporte de respiração não invasiva ou invasiva.

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