- Introdução
A lombociatalgia por estenose de canal lombar (ECLestenose de canal lombar) é uma condição degenerativa que afeta os discos intervertebrais, o ligamento amarelo e as articulações interapofisárias lombares, que ocorre com o envelhecimento, causando estreitamento do canal lombar e afetando as estruturas neurovasculares que trafegam nesses níveis da coluna. A definição mais utilizada é a de síndrome clínica de dor em região glútea ou de membros inferiores associada ou não à dor lombar por diminuição do espaço disponível às estruturas neurais e vasculares na coluna lombar.1 Essas alterações podem levar aos sintomas de dor lombar e em membros inferiores, principalmente para deambulação e permanência na posição ortostática.2
A lombociatalgia por ECLestenose de canal lombar é mais comum em idosos a partir dos 65 anos e representa a principal indicação de cirurgia de coluna na população geriátrica.3 Na população geral, a prevalência de ECLestenose de canal lombar, sintomática ou não, é de 22,5%.4 O diagnóstico é eminentemente clínico e pode ser corroborado por exames de imagem. A decisão da forma de tratamento envolve aspectos dos sintomas que o paciente apresenta, dos resultados dos exames de imagem e das comorbidades apresentadas pelo doente.5
A estenose pode ser do canal e/ou foraminal. Na estenose de canal, os sintomas principais são relacionados à claudicação neurogênica, enquanto, na estenose foraminal, a radiculopatia é o achado mais frequente. A associação entre estenose de canal e foraminal é frequente, e ambos os sintomas podem estar presentes.
Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- realizar o diagnóstico de lombociatalgia por ECLestenose de canal lombar;
- propor o tratamento de lombociatalgia por ECLestenose de canal lombar;
- encaminhar os casos de controle mais difícil ao especialista.
- Esquema conceitual