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DIRETRIZES ATUAIS NO TRATAMENTO DO DIABETES MELITO

Autor: Lívia Firmino Gonçalves
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  • Introdução

O diabetes melito (DMdiabetes melito) acomete cerca de 415 milhões de indivíduos mundialmente, e estima-se que metade dessa população ainda não tenha sido diagnosticada. Cerca de 318 milhões de adultos têm intolerância à glicose, condição associada a um risco aumentado para o desenvolvimento de diabetes.1

LEMBRAR

Os subtipos mais frequentes de DMdiabetes melito são o diabetes melito tipo 1 (DM1melito tipo 1) e o diabetes melito gestacional.2 Todos estão aumentando em incidêncila.1

O DM1melito tipo 1 é o subtipo que acomete mais comumente crianças e adolescentes e exige insulinoterapia plena. As causas do aumento da sua incidência ainda não são totalmente compreendidas, mas estudos recentes têm demonstrado que fatores ambientais, como erros alimentares, sedentarismo e ganho de peso, facilitam a evolução da doença em indivíduos com sinais laboratoriais de autoimunidade.3

O diabetes gestacional também tem apresentado elevação da sua incidência e é cada vez mais evidente a correlação dessa tendência com o aumento da obesidade e de sinais de resistência insulínica entre mulheres jovens.4

O DM2 é o subtipo mais frequente.1 Embora ainda acometa com maior frequência indivíduos adultos acima dos 40 anos de idade, o estilo de vida sedentário associado com uma alimentação hipercalórica resulta em obesidade cada vez mais precoce, o que facilita a evolução do DM2 em indivíduos cada vez mais jovens.2

A alta prevalência dessa condição crônica, frequentemente associada a diversas comorbidades, caracteriza o DMdiabetes melito como um grave problema de saúde pública atual, que onera os sistemas de saúde de forma significativa.1,2,5

Os conhecimentos atuais sobre a fisiopatologia do diabetes e as diversas opções terapêuticas disponíveis demonstram que essa é uma doença evitável e controlável, desde que o médico e o paciente sejam aliados no planejamento e na execução de um esquema terapêutico individualizado, que englobe mudanças de estilo de vida, tratamento farmacológico e prevenção de complicações crônicas.

Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • identificar os indivíduos candidatos ao rastreamento de DM2, assim como os exames a serem pedidos;
  • diagnosticar diabetes e pré-diabetes;
  • propor mudanças de estilo de vida iniciais e necessárias ao paciente com DM2;
  • estabelecer o tratamento inicial mais adequado ao paciente com DM2;
  • reconhecer a necessidade de intensificação do tratamento do DM2;
  • perceber a importância da personalização do tratamento do DM2.
  • Esquema conceitual
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