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SUPLEMENTO: DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 4 — CICLO 5

Autor: Elvino José Guardão Barros
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SUPLEMENTO

DESCRIÇÃO DOS MEDICAMENTOS INDICADOS NO PROTERAPÊUTICA VOLUME 4 CICLO 5

Este Suplemento contém as principais informações a respeito dos medicamentos abordados no Volume 4 do Ciclo 5 do PROTERAPÊUTICA.

Para saber mais

 

O conteúdo deste Suplemento foi extraído do livro Medicamentos de A a Z — 2016/2018, de Elvino Barros. Para maiores informações sobre os medicamentos aqui listados (como efeitos adversos, comentários, etc.) e outros, consultar a obra completa:

 

Barros E. Medicamentos de A a Z — 2016-2018. Porto Alegre: Artmed; 2016.

 

SIGLAS UTILIZADAS NAS DESCRIÇÕES DOS MEDICAMENTOS DESTE SUPLEMENTO

ACTP

Angioplastia coronariana transluminal percutânea

amp

Ampola

AV

Atrioventricular

AVE

Acidente vascular encefálico

cpr

Comprimido(s)

cps

Cápsula(s)

DM

Diabete melito

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva crônica

drg

Drágea(s)

fr

Frasco(s)

fr-amp

Frasco-ampola(s)

HAS

Hipertensão arterial sistêmica

IAM

Infarto agudo do miocárdio

ICC

Insuficiência cardíaca congestiva

IH

Insuficiência hepática

IM

Intramuscular

IMAO

Inibidor da monoaminaoxidase

IR

Insuficiência renal

ITU

Infecção do trato urinário

IV

Intravenoso

SF

Soro fisiológico

SG

Soro glicosado

SNC

Sistema nervoso central

TEP

Tromboembolismo pulmonar

TTPa

Tempo de tromboplastina parcial ativado

TVP

Trombose venosa profunda

VO

Via oral

 

Ácido Acetilsalicílico

Grupo farmacológico. Antiplaquetário; anti-inflamatório não esteroide; inibidor da COX-1 e COX-2.

Apresentações. Cpr revestidos de 100, 162, 200, 300 e 500mg; cpr de 85, 100, 165, 300, 325 e 500mg.

Usos. Dor de intensidade leve a moderada, febre, inflamação; prevenção e tratamento das síndromes coronarianas agudas; terapia adjuvante nos procedimentos de revascularização (bypass coronariano, angioplastia, endarterectomia de carótidas); cardiopatia isquêmica e AVE; artrite reumatoide, osteoartrite, gota e febre reumática; trombose vascular periférica; fibrilação atrial (alternativa para os pacientes que não podem usar anticoagulante oral); portadores de prótese valvular cardíaca; prevenção da pré-eclâmpsia em mulheres de alto risco.

Contraindicações. Discrasias sanguíneas; úlcera péptica ativa; suspeita A de dengue; crianças com asma, rinite e pólipos nasais; gestação no terceiro trimestre (categoria D de risco).

Posologia.

  • Adultos: Analgésico e antipirético: 325-650mg a cada 4-6 horas (máximo 4g/dia). Antiinflamatório: iniciar com 2,4-3,6 g/dia em doses divididas, dose de manutenção 3,6-5,4 g/dia em doses divididas. Síndromes coronarianas agudas: 160-325mg, mastigados. Angioplastia: 80-325mg/dia, iniciando 2 h antes do procedimento. Angina estável: 75-100mg/1x/dia. Fase aguda do AVE isquêmico: 160-325mg em até 48 horas após o início dos sintomas. Prevenção do AVC isquêmico: 75-100mg/1x/dia. Estenose de artéria carótida: 75-100mg/1x/dia. Doença arterial periférica: 75-100mg/1x/dia. Prevenção da pré-eclâmpsia: 75-100mg/1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com alimentos, água ou leite para reduzir o desconforto gastrintestinal, preferencialmente com 250mL de líquido.
  • Via sonda: o cpr normal pode ser administrado via sonda (uso imediato). As formas farmacêuticas tamponadas e gastrorresistentes (Bufferin®/Prevent®) não podem ser administradas via sonda. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • IECAS, diuréticos tiazídicos, betabloqueadores e ácido ursodesoxicólico: o ácido acetilsalicílico pode reduzir a eficácia destes medicamentos.
  • Corticosteroides, trombolíticos, inibidores da recaptação de serotonina, antiplaquetários, inibidores dos canais de cálcio: esses medicamentos podem potencializar os efeitos do ácido acetilsalicílico.
  • Probenecida: pode ter seus efeitos antagonizados pelo ácido acetilsalicílico.

Lactação. Usar com precaução.

 

Ácido nicotínico (vitamina B3, niacina)

Grupo farmacológico. Hipolipemiante. Vitamina.

Apresentações. Cpr simples de liberação prolongada com 500, 750 e 1.000mg; cpr revestidos de liberação programada com 250, 500, 750 e 1.000mg.

Usos. Hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia.

Contraindicações. IH significativa ou não explicada, disfunção hepática, úlcera péptica ativa ou sangramento arterial.

Posologia.

  • Adultos: para a formulação de liberação intermediária disponível no mercado nacional. Dose inicial: 500mg, VO, 1x/dia, à noite. Aumentar gradualmente as doses (500mg, a cada 4 semanas) até que o efeito desejado seja alcançado ou até que efeitos adversos ocorram. A dose máxima para as formulações de liberação intermediária é de 2.000mg. Dose de manutenção: 1.000-2.000mg/dia, VO, em dose única diária, à noite. A dose máxima de 4.000-6.000mg/dia é reservada para as formulações de liberação rápida, mais potentes, mas com muito maior incidência de flush facial (não estão disponíveis em nosso meio).

Modo de administração.

  • Via oral: utilizar de preferência à noite e após refeição para evitar desconforto gastrintestinal.
  • Via sonda: sem relatos.

Interações medicamentosas.

  • Álcool: pode aumentar os efeitos relacionados a rubor e prurido.
  • Colestiramina: pode reduzir a absorção do ácido nicotínico.
  • Nicotina: pode desencadear rubor e tonturas.
  • Atorvastatina, lovastatina, pravastatina e sinvastatina: podem aumentar os riscos de miopatia e rabdomiólise.

Lactação. Usar com precaução.

 

Atorvastatina

Grupo farmacológico. Estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-Coenzima A, antilipêmico.

Usos. Dislipidemia, prevenções primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das transaminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação.

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 10mg, VO, a cada 24 h. Ajustar a dose, em intervalos de 4-8 semanas, até atingir os níveis-alvo para os lipídeos séricos. Dose máxima de 80mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrada com alimentos, em qualquer horário do dia.
  • Via sonda: os cpr podem ser dispersos em volume adequado de água fria e administrados via sonda. Os cpr apresentam revestimento, mas este não é entérico. No momento da administração: pausar a dieta enteral, irrigar a sonda com 10-30mL de água, administrar o medicamento e, ao término, irrigar novamente a sonda com água. Se o paciente receber mais de um medicamento, administrar um de cada vez, sempre irrigando a sonda com água (5-10mL) entre as administrações.

Interações medicamentosas.

  • Ácido fusídico, alisquireno, digoxina, midazolam, topotecano: pode ocorrer aumento da concentração plasmática desses medicamentos.
  • Amiodarona, colchicina, fluconazol, ciclosporina, dasatinibe, fibratos, sildenafil, inibidores da protease, voriconazol, diltiazem: podem ocasionar aumento dos níveis séricos da atorvastatina, desencadeando miopatia ou rabdomiólise.
  • Fenitoína, Hypericum, rifampicina, efavirenz: podem causar redução dos efeitos da atorvastatina.
  • Rituximabe: a atorvastatina interage, reduzindo os efeitos do rituximabe.

Lactação. Contraindicado.

 

Bezafibrato

Grupo farmacológico. Fibrato, antilipêmico.

Apresentação. Cpr de 200 e 400mg, cpr desintegração lenta com 400mg.

Usos. Hipertrigliceridemia, prevenção primária de doença cardiovascular, IH, gestação e lactação.

Contraindicações. Disfunção hepática ou renal, afecção da vesícula biliar, com ou sem colelitíase, IMAOs, gestação e lactação.

Posologia.

  • Adultos: 400mg (cpr de desintegração lenta), VO, a cada 24 h; ou 200mg, VO, 2-3x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos, mas com volume de líquido adequado (200mL).
  • Via sonda: os cpr, de liberação lenta e de uso imediato, não devem ser partidos, triturados ou mastigados. Não é recomendada a administração via sonda. Esquecimento da dose. Não dobrar a dose. Retomar o tratamento no próximo horário.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina: poderá ocorrer redução nos níveis séricos da ciclosporina.
  • Atorvastatina, lovastatina, pravastatina, sinvastatina: risco de efeitos como miosite e rabdomiólise.
  • Varfarina, femprocumona: poderá ocorrer potencialização do efeito anticoagulante (sangramento).
  • IMAOs: aumento de risco de hepatotoxicidade.
  • Colestiramina: poderá interferir na absorção do benzafibrato.

Lactação. Não recomendado.

 

Bupropiona

Grupo farmacológico. Antidepressivo; inibidor da recaptação de noradrenalina e dopamina.

Apresentação. Comprimidos simples e comprimidos revestidos de liberação lenta de 150mg e 300mg.

Usos. Depressão, tratamento da dependência da nicotina, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, episódio depressivo do transtorno bipolar.

Contraindicações. Epilepsia, anorexia nervosa, bulimia, uso de IMAO nas duas últimas semanas (deve ser obedecido um intervalo de 14 dias ou mais entre os dois fármacos).

Posologia.

  • Adultos: na depressão, 150mg/1x/dia, VO; dose máxima de 150mg/2x/dia. Na cessação do tabagismo, iniciar com dose única de 150mg, durante 3 dias; após, 150mg/2x/dia. A interrupção do tabagismo deve ser feita, preferencialmente, na segunda semana de tratamento. Manter o tratamento por 7-12 semanas no tratamento da dependência da nicotina. Em idosos, iniciar com doses menores de 50-100mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser ingerido com ou sem alimentos. Preferencialmente não mastigar ou partir os comprimidos.
  • Via sonda: os comprimidos não podem ser triturados (revestidos – liberação prolongada) e por isso não é recomendada a administração via sonda pelo risco de perda de efeito e de obstrução da via.

Interações medicamentosas.

  • Amitriptilina, nortriptilina, citalopram, fluoxetina, haloperidol, metoprolol, risperidona, sertralina: esses medicamentos poderão ter seus níveis séricos aumentados na presença da bupropiona.
  • Lopinavir, ritonavir, peginterferon, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína: esses medicamentos poderão reduzir os níveis séricos da bupropiona.
  • Linezolida: o uso concomitante poderá desencadear síndrome serotoninérgica.
  • Zolpidem: o uso concomitante poderá aumentar risco de alucinação.
  • Valeriana, kava-kava, erva-de-são-joão (hypericum): aumentam os sintomas de depressão do SNC.

Lactação. Não recomendado.

 

Ciprofibrato

Grupo farmacológico. Fibrato. Antilipêmico.

Apresentação. Comprimidos de 100mg.

Usos. Hipertrigliceridemia, prevenção primária de doença cardiovascular.

Contraindicações. IH e IR graves, gestação e lactação.

Posologia.

  • Adultos: 100mg, VO, a cada 24 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com as refeições.
  • Via sonda: dispersar o comprimido em volume adequado de água para a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral. Esquecimento da dose. Em caso de esquecimento da dose oral, orientar o paciente a ingerir o medicamento assim que lembrar. Não ultrapassar 100mg/dia.

Interações medicamentosas.

  • Varfarina: poderá potencializar o efeito anticoagulante; a dose da varfarina deve ser ajustada.
  • Atorvastatina, colchicina, lovastatina, pravastatina, sinvastatina: poderá ocorrer aumento no risco de desenvolvimento de rabdomiólise e miopatia; monitorar efeitos no paciente.

Lactação. Contraindicado.

 

Clonidina

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Vasodilatador central; agonista dos receptores alfa-2-adrenérgicos.

Apresentações. Comprimidos de 0,10; 0,15 ou 0,20mg; ampola 150 µg/mL em 1mL.

Usos. HAS e urgências hipertensivas; administração peridural como terapia adjuvante com opioides para o tratamento da dor oncológica em pacientes tolerantes ou não responsivos a opioides apenas (é mais efetiva para dor neuropática do que para dor somática ou visceral).

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: HAS: 0,1(dose inicial)-0,8mg/dia, VO, 2x/dia. Urgências hipertensivas: dose inicial de 0,1-0,2mg, seguida por dose adicional de 0,1mg a cada hora (dose máxima de 0,6mg). Infusão peridural: 0,5 µg/kg/hora.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: pode-se preparar a suspensão oral a partir dos comprimidos para facilitar a administração via sonda. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: direto, sem necessidade de diluir em soro, acima de 5 minutos.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via epidural: deve ser diluído em SF 0,9%, na concentração máxima de 100 µg/mL. Administrar acima de 10 minutos.

Interações medicamentosas.

  • Ginseng: evitar o uso, pois poderá ocorrer piora no quadro hipertensivo.
  • Rituximabe, amiforstina, anti-hipertensivos (outros): poderão ter seus efeitos aumentados se administrados com clonidina.
  • Diazóxido, metilfenidato: poderão aumentar os efeitos da clonidina, devem ser monitorados.
  • Fluoxetina, sertralina, nortriptilina, amitriptilina, fitoterápicos, antidepressivos (outros): poderão diminuir os efeitos da clonidina.
  • Insulinas: poderá resultar em hipoglicemia ou hiperglicemia.

Lactação. Não recomendado.

 

Duloxetina

Grupo farmacológico. Antidepressivo; inibidor seletivo da recaptação de serotonina e noradrenalina.

Apresentações. Cápsulas com microgrânulos de liberação retardada com 30 e 60mg; cápsula com microgrânulos com 20 e 40mg.

Usos. Depressão, neuropatia diabética, transtorno de ansiedade generalizada, fibromialgia e dor muscular crônica.

Contraindicações. Uso de IMAO nas duas últimas semanas (deve ser obedecido um intervalo de 14 dias ou mais entre os dois fármacos), glaucoma de ângulo fechado, insuficiência hepática, renal ou cardíaca graves.

Posologia.

  • Adultos: iniciar o tratamento com 30mg, VO, uma vez ao dia, com objetivo de atingir a dose de 60mg/dia. O aumento da dose deve ser feito gradualmente, em um período de 3 semanas. Estudos avaliaram doses até 120mg/dia, mas não encontraram aumentos na eficácia com doses acima de 60mg/dia. A retirada deve ser gradual para evitar síndrome de retirada.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, com água. Não mastigar e não abrir a cápsula para misturar seus microgrânulos em líquidos ou alimentos.
  • Via sonda: não recomendado pelo risco de obstrução da sonda.

Interações medicamentosas.

  • Abciximabe, ácido salicílico, celecoxibe, clopidogrel, dalteparina, diclofenaco, dicumarol, dipiridamol, dipirona, enoxaparina, heparina, ibuprofeno, indometacina, nadroparina, tenoxicam: risco aumentado de sangramento.
  • Amitriptilina, clorpromazina, clomipramina, imipramina, nortriptilina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos desses medicamentos, podendo levar a efeitos tóxicos.
  • Citalopram, desvenlafaxina, escitalopram, fluoxetina, linezolida, carbonato de lítio: risco aumentado de desencadear síndrome serotoninérgica.

Lactação. Não recomendado.

 

Enalapril

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Inibidor da enzima conversora da angiotensina I.

Apresentações. Comprimidos de 2,5, 5, 10 e 20mg; cápsulas de 5, 10 e 20mg. Maleato de enalapril + hidroclorotiazida (comprimido 10 + 25mg; 20 + 12,5mg).

Usos. HAS, ICC, disfunção de ventrículo esquerdo pós-IAM.

Contraindicações. Estenose bilateral da artéria renal e angioedema, gestação no 2º e 3º trimestres (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: em HAS, a dose diária usual varia de 2,5-40mg/dia, VO, 1 ou 2x/dia. Em hipertensão renovascular, iniciar com 2,5-5mg. Em ICC, a dose inicial é 2,5-5mg, 1 ou 2x/dia (utilizar a menor dose inicialmente em pacientes com IR, hiponatremia ou ICC grave). Dose máxima: 40mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: preferencialmente, administrar a suspensão oral a partir dos comprimidos via sonda. Os comprimidos podem ser triturados e dispersos em volume adequado de água para a administração, sem perda de efeito (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Azatioprina, ciclosporina, gluconato férrico, carbonato de lítio, rituximabe: o uso concomitante com enalapril poderá elevar os níveis séricos desses medicamentos, aumentando seus efeitos.
  • Diazóxido, furosemida, moclobemida, sais de potássio, espironolactona, sirolimus, hidroclorotiazida, clortalidona, trimetoprima: os efeitos do enalapril poderão se potencializar na presença desses medicamentos.
  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, metilfenidato, AINEs, salicilatos: os efeitos do enalapril poderão diminuir na presença desses medicamentos; monitorar efeitos.

Lactação. Não recomendado.

 

Ezetimiba

Grupo farmacológico. Hipolipemiante; age inibindo a absorção de colesterol sem afetar o metabolismo biliar. Antilipêmico.

Apresentações. Comprimido de 10mg.

Usos. Hipercolesterolemia.

Contraindicações. Uso combinado com inibidores da HGM-CoA redutase em pacientes com doença hepática ativa ou elevações persistentes inexplicadas de transaminases séricas.

Posologia.

  • Adultos: 10mg, VO, 1x/dia. Não é necessário fazer ajustes para função renal e insuficiência hepática leve.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos, a qualquer hora do dia.
  • Via sonda: dado não disponível.

Interações medicamentosas.

  • Ciclosporina: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos e os níveis séricos da ciclosporina e poderá diminuir os efeitos da ezetimiba.
  • Colestiramina: poderá diminuir os efeitos da ezetimiba. Administrar 2 h antes ou 4 h depois da colestiramina.

Lactação. Não recomendado.

 

Fenofibrato

Grupo farmacológico. Fibrato. Antilipêmico.

Apresentações. Cápsula de liberação lenta de 250mg, cápsulas de 200mg.

Usos. Hipertrigliceridemia, prevenção primária de doença cardiovascular.

Contraindicações. IR e IH graves, afecção da vesícula biliar.

Posologia.

  • Adultos: 200-250mg, VO, a cada 24 h.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Ezetimibe, sinvastatina, pravastatina, lovastatina, colchicina: o uso concomitante poderá aumentar risco de miopatia ou rabdomiólise.
  • Colestiramina: poderá reduzir os efeitos do fenofibrato.
  • Ciclosporina: poderá desencadear piora da função renal.
  • Varfarina: poderá resultar em aumento do INR e possíveis riscos de sangramento.

Lactação. Não recomendado.

 

Fentanil

Grupo farmacológico. Analgésico opioide sintético; atividade agonista sobre os receptores mü (mi).

Apresentações. Ampola com 50 μg/mL em 2, 5 ou 10mL; ampola com 78,5mg em 2, 5 ou 10mL; adesivo transdérmico com 12, 25, 50, 75 e 100μg.

Usos. Analgesia para dor aguda e intensa, medicação pré-operatória, adjuvante na anestesia geral e regional, dor crônica moderada-grave persistente (transdérmico).

Contraindicações. Transdérmico: depressão respiratória grave (exceto se o paciente está intubado), íleo paralítico, pacientes que requeiram analgesia por curto período, tratamento da dor aguda e intermitente, pacientes que não apresentam tolerância a opioides.

Posologia.

  • Adultos (o esquema posológico deve ser individualizado para cada paciente): Sedação/analgesia para pequenos procedimentos: 1 a 2μg/kg/ dose; a dose pode ser repetida em 30-60 minutos se necessário. Sedação contínua/analgesia: bolo, 1 a 2μg/kg, seguida de infusão contínua de 0,5-1μg/kg/hora; titular manutenção de 1-3μg/kg/hora. Dor crônica transdérmico: iniciar com adesivo de 50-100µg, trocar a cada 72 horas. Ver tabela de conversão da morfina oral para fentanil adesivo transdérmico.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser usado em bolo (não é necessário diluir), em 3 a 5 minutos; doses acima de 5µg/kg devem ser administradas em 5-10 minutos. Ou administrar em infusão contínua, conforme critério médico. A infusão rápida pode causar rigidez da parede torácica e musculatura esquelética, apnéia, broncoespasmo e laringoespasmo.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim, como infusão contínua subcutânea (1µg/kg/hora), diluída na concentração de 25-30µg/mL.
  • Via transdérmica: aplicar o adesivo na pele íntegra e limpa (peito, costas, braço), evitar contato com calor. Pressionar o adesivo por 30 segundos.

Interações medicamentosas.

  • Nifedipino, nilodipino, desmopressina, selegina, moclobemida, fluoxetina, paroxetina: poderão ter seus níveis plasmáticos aumentados, podendo levar à toxicidade.
  • Clorpromazina, dasatinibe, nelfinavir, ritonavir, succinilcolina: os níveis plasmáticos do fentanil poderão aumentar na presença desses medicamentos.
  • Rifampicina: poderá diminuir os efeitos do fentanil.

Lactação. Não recomendado.

 

Fluvastatina

Grupo farmacológico. Estatina; agem inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-coenzima A.

Apresentações. Cápsulas de 20 e 40mg; comprimido de liberação lenta de 80mg (Lescol XL®).

Usos. Dislipidemia, prevenção primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das transaminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação.

Posologia.

  • Adultos: dose inicial de 20-40mg, VO, ao deitar. Ajustar a dose, em intervalos de 4-8 semanas, até atingir os níveis alvos para os lipídeos séricos. Dose máxima de 80mg diários (em duas doses diárias de cps de liberação imediata ou em dose única diária se cps de liberação lenta).

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos, preferencialmente à noite. Os comprimidos de liberação lenta não podem ser partidos, mastigados ou triturados. Recomenda-se não abrir as cápsulas.

Interações medicamentosas.

  • Cimetidina, omeprazol, ranitidina, ritonavir: poderão aumentar os níveis plasmáticos da fluvastatina, podendo levar à toxicidade.
  • Fibrato, eritromicina, niacina: poderão aumentar os riscos de miopatia e rabdomiólise.
  • Varfarina: o uso concomitante poderá potencializar os riscos de sangramento.
  • Digoxina: a fluvastatina poderá potencializar os efeitos da digoxina, diminuindo seu clearance.
  • Amiodarona, fluoxetina, fenitoína, sertralina, varfarina: a fluvastatina poderá aumentar os níveis plasmáticos e os efeitos desses medicamentos.
  • Colestiramina: o uso concomitante poderá reduzir a absorção da fluvastatina, interferindo nos seus efeitos. A administração deve ter um intervalo de 4 h entre os medicamentos.

Lactação. Contraindicado.

 

Genfibrozila

Grupo farmacológico. Hipolipemiante; fibrato.

Apresentações. Comprimidos revestidos de 600 e 900mg.

Usos. Hipertrigliceridemia, prevenção primária de doença cardiovascular, IH e IR graves, lactação.

Contraindicações. Disfunções hepática e renal grave, afecção da vesícula biliar, lactação.

Posologia.

  • Adultos: dose de 1.200mg, VO, divididos em duas tomadas diárias ou 900mg, em dose única, à noite. Máximo de 1.500mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar sem a presença de alimentos, 30 min antes do café da manhã e do jantar, com um copo de água.
  • Via sonda: não recomendado.

Interações medicamentosas.

  • Atorvastatina, fluvastatina, lovastatina, pravastatina, sinvastatina, cerivastatina: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos das estatinas, com risco de miopatia ou rabdomiólise.
  • Glibenclamida, repaglinida: hipoglicemia; uso não recomendado.
  • Loperamida: poderá causar variações plasmáticas da loperamida.
  • Femprocumona, varfarina: poderá aumentar riscos de sangramento.

Lactação. Usar com precaução.

 

Gliclazida

Grupo farmacológico. Hipoglicemiante oral; sulfonilureia.

Apresentações. Comprimidos de 30 e 80mg.

Usos. DM tipo 2.

Contraindicações. DM tipo 1, insuficiência hepática ou renal grave, associação ao miconazol oral, gestação e lactação.

Posologia.

  • Adultos: Cpr comuns: dose inicial de 80-160mg/dia; dose de manutenção de 80-320mg/dia. A partir de 160mg, a dose deve ser dividida em 2 tomadas. Dose máxima: 320mg/dia. Idosos devem receber apenas 80mg/dia.
  • Liberação modificada: dose inicial de 30mg, 1x/dia. Ajustes em escalas de 30mg a cada 2 semanas. Dose de manutenção: 30-120mg/dia. Dose máxima: 120mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: Comprimidos de liberação modificada: administrar preferencialmente com o café da manhã. Comprimidos de liberação imediata: podem ser administrados 2x/dia, com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: o comprimido de liberação imediata pode ser disperso em água fria para administração via sonda (uso imediato). Não administrar via sonda os comprimidos de liberação modificada, pois poderá ocorrer perda de princípio ativo. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Cloranfenicol, atenolol, captopril, carvedilol, cimetidina, claritromicina, esmolol, ciprofloxacino, ranitidina, salicilatos, dipirona, ibuprofeno, ácido mefenâmico, fluconazol, propanolol: os níveis séricos da gliclazida poderão aumentar na presença desses medicamentos (variações na glicose ou hipertensão).
  • Hidroclorotiazida, fluconazol, metilprednisolona: os níveis séricos da gliclazida poderão diminuir na presença desses medicamentos.

Lactação. Contraindicado.

 

Hidroclorotiazida

Grupo farmacológico. Diurético tiazídico; inibe o cotransportador Na+--Cl- na membrana apical do túbulo distal.

Apresentações. Hidroclorotiazida (comprimidos de 25mg e 50mg); captopril + hidroclorotiazida (comprimidos de 50mg + 25mg); cloridrato de amilorida + hidroclorotiazida (comprimidos de 5mg + 50mg); lisinopril + hidroclorotiazida (comprimidos de 20mg + 12,5mg); losartana potássica + hidrclorotiazida (comprimidos de 50mg + 12,5mg; 100mg + 25mg); maleato de enalapril + hidroclorotiazida (comprimidos de 10mg + 25mg; 20mg + 12,5mg).

Usos. Manejo da HAS leve e moderada; tratamento do edema na ICC e na síndrome nefrótica.

Contraindicações. IR grave, pois pode precipitar azotemia; gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: 12,5-50mg/dia, VO, a cada 24 h. Dose máxima de 200mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: pode ser administrado com a presença de alimentos, leite.
  • Via sonda: pode-se preparar a suspensão oral a partir dos comprimidos ou diluir o comprimido em volume adequado de água para administração via sonda (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Carbonato de cálcio: poderá resultar na síndrome do leite-álcali.
  • Captopril, enalapril, lisinopril: hipotensão postural na primeira dose.
  • Carbamazepina: poderá resultar em hiponatremia.
  • Ácido mefenâmico, celecoxibe, diclofenaco, dipirona, ibuprofeno, indometacina, meloxican, naproxeno, nimesulida, tenoxicam: poderá ocorrer decréscimo da eficácia diurética e anti-hipertensiva.
  • Colestiramina, metilfenidato, AINEs: o uso concomitante resulta em diminuição da eficácia de hidroclorotiazida.
  • Corticotropina, prednisolona: poderá resultar em hipocalemia.
  • Ciclofosfamida, fluoruracil, metotrexato: aumento nos riscos de mielossupressão.
  • Deslanosídeo, digoxina: risco de toxicidade digitálica.
  • Diazóxido, propranolol: poderá resultar em hiperglicemia.
  • Droperidol, sotalol: aumento do risco de cardiotoxicidade.
  • Ergocalciferol: decréscimo da disponibilidade de vitamina D sistêmica.
  • Fludocortisona, hidrocortisona, metilprednisolona, prednisona, refecoxibe, triancinolona: risco aumentado de hipocalemia e consequente arritmia cardíaca.
  • Glibenclamida: poderá ocorrer decréscimo da eficácia de glibenclamida, monitorar glicose.
  • Carbonato de lítio: aumento das concentrações de lítio e de seus efeitos tóxicos, monitorar.
  • Topiramato: aumento dos níveis de topiramato, risco de efeitos tóxicos.

Lactação. Usar com precaução.

 

Insulina NPH

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frasco com 100 U/mL em 10mL e refil de caneta aplicadora com 1,5 ou 3mL.

Usos. DM tipos 1 e 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 2–3 aplicações por dia, antes do café da manhã, antes do almoço e às 22 h. DM 2: dose inicial de 0,2 U/kg aplicada às 22 h. A dose pode ser aumentada conforme glicemias de jejum e pré-prandiais.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: não.
  • Via intramuscular: não.
  • Via subcutânea: sim, em sítios alternados.

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: o uso concomitante poderá resultar em hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Insulina regular

Grupo farmacológico. Hormônio pancreático.

Apresentação. Frasco com 100 U/mL em 10mL e refil para caneta aplicadora com 3mL.

Usos. DM tipo 1, DM tipo 2, UTI, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica, hipercalemia.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: DM 1: 3 aplicações por dia, 40 min antes das refeições. Geralmente a dose total é utilizada 50-60% insulina lenta e 40-50% insulina rápida. DM 2: dose inicial de 0,1 U/kg em aplicação 40 min antes das refeições. Em UTI, cetoacidose, síndrome hiperosmolar: uso endovenoso, em bomba de infusão, com dose inicial de 0,1 U/kg/h e com ajuste conforme glicemia capilar. Pode ser utilizado bolo de insulina regular de 0,15 U/kg.

Modo de administração.

  • Via endovenosa: pode ser administrada por via endovenosa, em infusão contínua, diluindo-se a dose em 0,05-1 UI/mL em SF 0,9%, SG 5% ou SG 10%. Saturar o equipo com insulina por 30 min antes da infusão para evitar adsorção.
  • Via intramuscular: sim.
  • Via subcutânea: sim (preferencial), em sítios alternados. Pode ser administrada em infusão subcutânea em bomba de infusão (não misturar com outras insulinas).

Interações medicamentosas.

  • Atenolol, clonidina, carvedilol, esmolol, fluoxetina, gatifloxacino, lítio, I norfloxacino, ciprofloxacino, levotiroxina, pentamidina: poderão ocorrer hipoglicemia, hiperglicemia ou hipertensão.
  • Glucomann, ginkgo-biloba, hypericum, ginseng, levotiroxina, moclobemida, octreotida, selegilina, procarbazina: hipoglicemia.

Lactação. Compatível.

 

Losartana

Grupo farmacológico. Anti-hipertensivo. Antagonista dos receptores da angiotensina II.

Apresentações. Comprimido revestido de 12,5, 25mg, 50mg e 100mg. Losartana + hidroclorotiazida: comprimido revestido de 100mg + 25mg; 50mg + 12,5mg; Anlodipino + losartana: comprimido ou cápsula de 2,5mg + 50mg; 2,5mg +100mg; 5mg + 100mg; 5mg + 50mg.

Usos. HAS, ICC, tratamento da nefropatia diabética em pacientes com DM tipo 2.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Adultos: HAS: 25-100mg, VO, a cada 12 ou 24 h. Em pacientes sob alto risco de hipotensão ou depleção de volume, a dose inicial deve ser de 25mg. ICC: dose inicial de 12,5mg/dia, VO. Dose máxima: 50mg/dia. Nefropatia diabética: 50mg/1x/dia, podendo ser aumentada para 100mg/ dia de acordo com o controle pressórico.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.
  • Via sonda: para a administração via sonda, preferencialmente utilizar a suspensão oral a partir dos comprimidos, os quais podem ser triturados e misturados em volume adequado de água para a administração. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Alisquireno, amilorida, espironolactona: hipercalemia.
  • Fluconazol: poderá aumentar os efeitos da losartana, desencadeando reações de toxicidade.
  • Celecoxib, diclofenaco, dipirona, ibuprofeno, indometacina, meloxicam, naproxeno, tenoxicam: poderá ocorrer diminuição dos efeitos anti-hipertensivos e favorecer danos renais.
  • Carbonato de lítio: poderá resultar em efeitos de toxicidade do lítio (fraqueza muscular, sede excessiva, tremores, confusão mental).
  • Rifampicina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, fluoxetina, varfarina: poderão diminuir a eficácia da losartana.

Lactação. Não recomendado.

 

Metformina

Grupo farmacológico. Hipoglicemiante oral; biguanida.

Apresentações. Comprimidos simples de 850mg; comprimido revestido de 500, 850mg e 1 g; comprimido de liberação prolongada de 500 ou 750mg.

Usos. DM tipo 2.

Contraindicações. Insuficiência renal (TFG < 30mL/min), ou patologias agudas que possam alterar função renal (desidratação, febre, estados infecciosos ou hipóxicos graves) insuficiência hepatocelular, alcoolismo agudo ou crônico, cetoacidose, acidose lática ou situações que aumentam o risco de acidose lática (infecções graves, insuficiência cardíaca congestiva).

Posologia.

  • Adultos: Comprimidos de liberação imediata: iniciar com 500mg, 2x/dia, ou 850mg, 1x/dia. O aumento da dose deve ser feito semanalmente com o aumento de 500mg/dia ou 850mg/dia. Geralmente, não há resposta clínica com doses < 1.500mg/dia. Doses de até 2.000mg podem ser dadas 2 x/dia. Acima de 2.000mg, a dose deve ser dividida em 3 tomadas, mas em geral não acrescenta benefício. Dose máxima: 2.550mg/dia. Comprimidos de liberação prolongada: dose inicial: 500-1.000mg, 1x/dia. Ajustes semanais de 500mg/dia. Dose máxima: 2.000-2.500mg, 1x/dia.
  • 10-16 anos: dose inicial: 500mg, 2x/dia. Ajustes de 500mg/dia devem ser feitos em intervalos semanais, em doses divididas. Dose máxima: 2.000mg/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: o comprimido de liberação imediata pode ser administrado com alimentos. A presença de alimentos minimiza possíveis efeitos adversos; administrar durante ou logo após as refeições. O comprimido de liberação prolongada deve ser administrado com a refeição da noite.
  • Via sonda: para a administração via sonda, triturar e diluir o pó do comprimido de liberação imediata (não pode ser o de liberação prolongada), em 10-20mL de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Amilorida, cefalexina, cimetidina, digoxina, morfina, nadolol, nifedipino, ranitidina, topiramato, trimetoprima, vancomicina: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos da metformina, levando à toxicidade (náuseas, vômitos, diarreia).
  • Levotiroxina: poderá resultar em diminuição dos efeitos da metformina.
  • Atenolol, carvedilol, ciprofloxacino, esmolol, levofloxacino, metoprolol, norfloxacino, propanolol, sotalol: poderá provocar hipotensão, hipertensão ou hipoglicemia.
  • Moclobemida, pargilina: poderá resultar em excessiva hipoglicemia e alterações no SNC.

Lactação. Não recomendado.

 

Midazolam

Grupo farmacológico. Hipnótico. Benzodiazepínico; modula a atividade dos receptores GABA-A.

Apresentações. Ampola com 5mg/mL em 3mL; ampola com 1mg/mL em 5mL; ampola com 5mg/mL em 10mL; comprimidos simples de 15mg; comprimidos revestidos de 7,5 e 15mg; solução oral com 2mg/mL em 10, 20, 30 e 120mL.

Usos. Insônia, sedação pré-procedimentos cirúrgicos e diagnósticos, indução e manutenção da anestesia, sedação prolongada em CTI, status epileticus.

Contraindicações. Glaucoma de ângulo estreito, miastenia gravis, insuficiência respiratória grave, gestação (categoria de risco D).

Posologia.

  • Adultos: Indução do sono: 15mg, VO, ao deitar; em casos de insônia terminal, dose no meio da noite. Sedação pré-procedimentos: 15mg, VO, 30-60 minutos antes do procedimento; 0,07-0,08mg/kg 30-60 minutos antes, IM; 0,02-0,04mg/kg repetidos a cada 5 minutos conforme necessidade IV. Status epileticus: 0,2mg/kg em bolo, IV, até 5mg; ou 0,05-0,3mg/kg/h, IV; ou 5-10mg, IM. Sedação durante ventilção mecânica: dose de ataque de 0,01-0,05mg/kg, acompanhados de infusão de 0,02mg-0,1mg/kg/h.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com o estômago vazio.
  • Via sonda: para a administração via sonda, fazer uso da solução oral, mas o comprimido pode ser triturado e dissolvido em volume adequado de água (uso imediato). Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via endovenosa: Bolo: diluir a dose na concentração de 1-5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%, administrar em 2-5 minutos; IV/intermitente: Administrar lento (preferir bomba de infusão), diluir a dose na concentração máxima de 5mg/mL em SF 0,9% ou SG 5%.
  • Via intramuscular: sim, na concentração de 1mg/mL.
  • Via subcutânea: não.
  • Via intranasal: sim, utilizar seringa de 1mL e administrar em cada narina por 15 segundos.
  • Via intra-arterial: não.

Interações medicamentosas.

  • Amprenavir, aprepitanto, atazanavir, atorvastatina, cimetidina, claritromicina, darunavir, verapamil, efavirenz, eritromicina, fluconazol, fosamprenavir, itraconazol, nelfinavir, nilotinib, omeprazol, posaconazol, verapamil, voriconazol: o uso concomitante poderá resultar em aumento nos efeitos do midazolam (sedação excessiva, confusão mental, ataxia).
  • Carbamazepina, deferasirox, fenitoína, rifampicina, teofilina: os efeitos do midazolam poderão diminuir.
  • Carisoprodol, hidrato de cloral, codeína, dantroleno, fentanil, petidina, morfina, fenobarbital, primidona, tiopental: poderá ocorrer depressão respiratória.
  • Sevoflurano: poderá ocorrer potencialização dos efeitos anestésicos.
  • Talidomida: poderá ocorrer aumento na metabolização e no clearance do midazolam.

Lactação. Não recomendado.

 

Nortriptilina

Grupo farmacológico. Antidepressivo tricíclico; age bloqueando os transportadores de noradrenalina, mais pronunciadamente, e de serotonina.

Apresentações. Cápsulas de 10, 25, 50 e 75mg; solução oral com 2mg/mL em frascos de 100mL.

Contraindicações. Infarto agudo do miocárdio recente, bloqueio de ramo, gestação (categoria de risco D), lactação. Uso concomitante de IMAO, outras alterações na condução cardíaca, ICC, prostatismo, íleo paralítico, glaucoma de ângulo estreito e convulsões são contraindicações relativas.

Posologia

  • Adultos: iniciar com 25mg, VO, à noite, e aumentar 25mg a cada 3 dias. A dose usual de manutenção na depressão é de 75mg/dia, podendo variar entre 50 e 150mg/dia. Pode ser usada em dose única diária à noite ou em duas tomadas diárias. Nas síndromes dolorosas crônicas, iniciar com 10-25mg à noite e aumentar, conforme tolerância, 25mg a cada semana, até a dose usual de 75mg à noite ou em 2 tomadas diárias. Em idosos, iniciar com 10mg e ir aumentando a dose de acordo com a resposta clínica, mas doses baixas são recomendadas para esses pacientes (30-50mg/dia). Na cessação do tabagismo, 25-75mg/dia, iniciando 10-14 dias antes do dia da parada. A retirada deve ser gradual.

Modo de administração.

  • Via oral: o medicamento pode ser administrado com ou sem a presença de alimentos. A solução oral pode ser misturada em água, leite ou suco de fruta imediatamente antes do uso.
  • Via sonda: para a administração via sonda, as cápsulas podem ser abertas e o seu conteúdo dissolvido em volume adequado de água (uso imediato) ou fazer uso da solução oral, que pode ser diluída em água para facilitar a administração. Administrar separadamente da dieta enteral.

Interações medicamentosas.

  • Astemizol, hidrato de cloral, cloroquina, claritromicina, droperidol, enflurano, fluconazol, foscarnet, gatifloxacino, haloperidol, octreotida, pentamidina, pimozida, quetiapina, risperidona, sulfametoxazol/trimetoprima, tioridazina, venlafaxina, ziprazidona: risco aumentado de cardiotoxicidade (prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes, arritmias).
  • Carbamazepina: poderá ocorrer diminuição nos efeitos da nortriptilina.
  • Cimetidina, fluoxetina, paroxetina, ácido valproico: o uso concomitante poderá aumentar os efeitos da nortriptilina (boca seca, visão turva, retenção urinária).
  • Fenitoína: risco aumentado de elevar os efeitos da fenitoína; monitorar efeitos de toxicidade.
  • Linezolida, moclobemida, selegilina, sertralina: poderá resultar em síndrome serotoninérgica.
  • Mazindol, noradrenalina: poderá resultar em hipertensão e estimulação do SNC.
  • Metoclopramida: risco aumentado de ocorrerem efeitos extrapiramidais.
  • Adrenalina: hipertensão, arritmias, taquicardia.
  • Varfarina: risco aumentado de sangramento.

Lactação. Contraindicado.

 

Pioglitazona

Grupo farmacológico. Antidiabético oral; tiazolidinediona.

Apresentações. Comprimidos de 15, 30 e 45mg.

Uso. DM tipo 2.

Contraindicações. ICC classes III ou IV e doença hepática ativa ou níveis das transaminases 2,5 vezes acima dos limites da normalidade.

Posologia.

  • Adultos: dose inicial: 15-30mg, 1x/dia. Pode ser aumentada a cada 4-8 semanas, até a dose máxima de 45mg/dia, em dose única, antes do café da manhã. Em casos de ICC classes I ou II, deve-se iniciar com 15mg/dia. A dose pode ser aumentada após diversos meses de tratamento e com monitoração cuidadosa de sintomas de insuficiência cardíaca.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos.

Interações medicamentosas.

  • Atorvastatina, levotiroxina, topiramato: o uso concomitante poderá diminuir os efeitos da pioglitazona; monitorar glicose.
  • Anticoncepcionais: poderá diminuir o efeito anticoncepcional.
  • Ginseng, hypericum: poderá resultar em hipoglicemia.
  • Midazolam: poderá ocorrer diminuição nos efeitos do midazolam.

Lactação. Não recomendado.

 

Pravastatina

Grupo farmacológico. Estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-coenzima A.

Apresentações. Comprimidos 10, 20 e 40mg.

Usos. Dislipidemia, prevenção primária e secundária da cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das transaminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação.

Posologia.

  • Adultos: 40mg, 1x/dia, podendo ser aumentada até 80mg/dia conforme indicação.

Modo de administração.

  • Via oral: comprimidos rapidamente absorvidos. Podem ser administrados com ou sem alimentos, em qualquer horário do dia.

Interações medicamentosas.

  • Antagonistas da vitamina K, agentes antifúngicos, ciclosporina, fenofibrato, rifampicina, fenitoína, inibidores da protease, daptomicina: uso concomitante pode diminuir os níveis de pravastatina; fazer intervalo de administração entre os medicamentos e a pravastatina.
  • Colestiramina: o uso concomitante reduz a eficácia da pravastatina; administrar a mesma 1 h antes ou 4 h após a resina.

Lactação. Contraindicada.

 

Rosuvastatina

Grupo farmacológico. Hipocolesterolemiante; estatina; age inibindo competitivamente a enzima hidroximetilglutaril-coenzima A.

Apresentações. Comprimidos de 10 e 20mg.

Usos. Dislipidemia (hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia isolada), prevenção primária e secundária de cardiopatia isquêmica.

Contraindicações. Doença hepática ativa, elevação persistente das transaminases séricas, gestação (categoria de risco X) e lactação.

Posologia.

  • Adultos: Dose inicial de 10mg. Ajustar a dose, em intervalos de 2-4 semanas, até atingir os níveis-alvo para os lipídeos séricos. Dose máxima de 40mg diários.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar com ou sem a presença de alimentos, em qualquer horário do dia.

Interações medicamentosas.

  • Hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, carbonato de cálcio, óxido de magnésio, hypericum: poderá ocorrer diminuição nos efeitos da rosuvastatina.
  • Amiodarona: poderá elevar as transaminases hepáticas.
  • Atazanavir, ciclosporina, darunavir, fluconazol, fosamprenavir, itraconazol, lopinavir, nelfinavir, ritonavir, saquinavir: poderá ocorrer aumento nos níveis séricos da rosuvastatina, podendo desencadear efeitos de miopatia ou rabdomiólise.
  • Femprocumona, dicumarol, varfarina: poderá ocorrer aumento no INR; monitorar risco de sangramento.

Lactação. Contraindicado.

 

Terbinafina

Grupo farmacológico. Antifúngico.

Apresentações. Solução tópica com 10mg; creme 1% com 20 g; comprimido de 125 e 250mg; spray com 10mg/mL em 30mL.

Usos. Onicomicose, Tinea capitis, T. corporis, T. cruris, T. pedis.

Contraindicação. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Posologia.

  • Uso oral: Adultos: 250mg, 1x/dia, por 6 semanas (unhas das mãos) ou por 12 semanas (unhas dos pés), as doses podem ser divididas 2x/dia. Micose sistêmica: 250 a 500mg/dia, por até 16 meses.
  • Uso tópico: Adultos: aplicar 1-2x/dia por pelo menos 1 semana, não exceder 4 semanas.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem a presença de alimentos; preferencialmente com alimentos.
  • Via sonda: pode-se administrar a suspensão oral preparada a partir dos comprimidos. Administrar separadamente da dieta enteral.
  • Via tópica: antes da aplicação do medicamento, a região afetada deve estar limpa e seca. Aplicar quantidade suficiente para se obter o efeito esperado.

Interações medicamentosas.

  • Rifampicina: poderá ocorrer diminuição nos níveis plasmáticos da terbinafina.
  • Ciclosporina, maraviroque, tramadol: a terbinafina poderá diminuir os efeitos esperados desses medicamentos.
  • Tamoxifeno, nortriptilina, amitriptilina, tioridazina: poderá ocorrer aumento nos níveis plasmáticos e nos efeitos desses medicamentos; monitorar T efeitos de toxicidade.

Lactação. Não recomendado.

 

Vareniclina

Grupo farmacológico. Antitabagismo; agonista parcial nicotínico.

Apresentações. Cpr revestidos de 0,5 e 1mg.

Uso. Tratamento adjuvante na cessação do tabagismo.

Contraindicações. Hipersensibilidade aos componentes da fórmula e em menores de 18 anos.

Posologia.

  • Adultos: doses iniciais. Dias 1-3: 0,5mg, 1x/dia. Dias 4-7: 0,5mg, 2x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento após os alimentos, com um copo de água.

Lactação. Não recomendado.

 

Vildagliptina

Grupo farmacológico. Antidiabético oral; incretinomimético; inibidor da-DPP 4.

Apresentações. Cpr de 50 e 100mg.

Contraindicações. DM tipo 1, cetoacidose. Evitar o uso em pacientes com cefaleia crônica e infecções urinárias de repetição. Como o cpr contém lactose, essa medicação não é recomendada para pacientes com intolerância à lactose.

Posologia.

  • Adultos:50-100mg, 1x/dia. Dose máxima 100mg, 1x/dia.

Modo de administração.

  • Via oral: administrar o medicamento com ou sem alimentos. O cpr deve ser engolido inteiro com um copo de água.

Lactação. Não recomendado.

 

 

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