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DISSECÇÕES ARTERIAIS CRANIOCERVICAIS

Danyelle Sadala Reges

epub-PRONEURO-C1V4_Artigo3

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever a epidemiologia e os fatores de risco para dissecções arteriais craniocervicais (DACs);
  • identificar os principais mecanismos de acidente vascular cerebral (AVC) nas DACs;
  • reconhecer as principais manifestações clínicas, os métodos diagnósticos complementares e o tratamento das DACs.

Esquema conceitual

Introdução

As DACs são causa frequente de AVC em pacientes com idade inferior a 50 anos. Seu pico de incidência — que é de 2,6 a 5,0 por 100 mil habitantes por ano — ocorre por volta dos 40 anos de idade.1 Entretanto, apesar de mais comum em pacientes jovens, podem ser observadas em qualquer faixa etária.1

História recente de trauma menor, movimentos cervicais abruptos ou postura cervical anormal prolongada associada com cefaleia ou dor cervical na vigência de um AVC podem sugerir DAC. Outros fatores também podem estar associados à ocorrência dessa doença, como estados inflamatórios e condições genéticas.2

As principais manifestações clínicas das DACs podem estar associadas a sintomas locais, como cefaleia, dor cervical e compressão de nervos cranianos baixos, ou sintomas relacionados a AVC. Sintomas como cefaleia e dor cervical são inespecíficos e podem, muitas vezes, associar-se a atraso no diagnóstico em serviços de emergência.

O conhecimento da epidemiologia e dos fatores de risco para DACs e um alto grau de suspeição clínica diante de um paciente jovem com dor cervical e cefaleia persistentes ou com clínica compatível com AVC são fundamentais para o diagnóstico das DACs. Além disso, são importantes para o estabelecimento precoce do tratamento preventivo de complicações cerebrovasculares em um grupo peculiar de doentes, no qual o impacto de um AVC sobre a produtividade e a qualidade de vida é intenso.

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