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SÍNDROME DE VASOCONSTRIÇÃO CEREBRAL REVERSÍVEL

Eva Rocha

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • reconhecer as características clínicas e de neuroimagem da síndrome de vasoconstrição cerebral reversível (SVCR);
  • discutir os principais diagnósticos diferenciais e os critérios utilizados para o diagnóstico da SVCR;
  • conhecer as principais medidas terapêuticas e o prognóstico da SVCR.

Esquema conceitual

Introdução

A SVCR é uma condição neurológica caracterizada por áreas de vasoconstrição arterial segmentares e reversíveis, geralmente associadas à cefaleia em trovoada, de forte intensidade e recorrente.1–4

Desde a primeira descrição, há mais de 30 anos, a síndrome clínico-radiológica já apresentou diversas denominações; entre elas, espasmo migranoso ou angeíte migranosa, síndrome de Call-Fleming,5 cefaleia em trovoada associada a vasoespasmo, arterite ou angiopatia cerebral induzida por uso de fármacos, angiopatia cerebral pós-parto, angiopatia benigna do sistema nervoso central (SNC) e pseudovasculite do SNC.6

Apesar de mais de 90% dos casos de SVCR terem curso benigno e bom prognóstico, as alterações arteriais dinâmicas podem culminar em isquemia cerebral, hemorragias intracranianas e edema vasogênico reversível.7

Os exames de neuroimagem podem, inicialmente, não apresentar alterações ou mostrar áreas de isquemia, hemorragia e edema vasogênico. Exames de neuroimagem vascular, como angiotomografia (ATC) e angiorressonância magnética (ARM) de crânio, demonstram áreas de vasoconstrição típicas em diferentes segmentos arteriais. Com a maior disponibilidade de exames de neuroimagem vascular nos pronto-atendimentos, a SVCR tem sido cada vez mais diagnosticada.8

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