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USO DE CANABINOIDES NOS DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO

Vitor Tumas

José Diogo dos Santos Souza

José Alexandre de Souza Crippa

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • descrever o sistema endocanabinoide (EC) e os princípios gerais de seu funcionamento;
  • discutir a participação do sistema EC na fisiopatologia dos distúrbios do movimento;
  • identificar os principais estudos clínicos publicados utilizando os canabinoides no tratamento dos distúrbios do movimento;
  • revisar os potenciais eventos adversos associados ao uso dos canabinoides.

Esquema conceitual

Introdução

Nos anos 1960, a descrição das principais substâncias ativas presentes no extrato da Cannabis, o ∆9-tetra-hidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBDcanabidiol), seguiu-se da identificação, nos anos 1990, do receptor canabinoide do tipo 1 (CB1receptor canabinoide do tipo 1) e do receptor canabinoide tipo 2 (CB2receptor canabinoide tipo 2) no sistema nervoso central (SNC) e em outros tecidos corporais. Logo ficou demonstrada a existência do sistema EC, com a descoberta dos ligantes endógenos desses receptores, a anandamida (AEAanandamida) e o 2-araquidonilglicerol (2AG2-araquidonilglicerol).

O uso terapêutico da Cannabis e de seus derivados nos diversos distúrbios do movimento vem sendo explorado mais recentemente, mas as evidências ainda são muito limitadas. Isso porque há efeitos indiretos de sua caracterização como uma droga proibida e maléfica por alguns ou como droga mágica e benéfica por outros. A ação individual das diversas substâncias que a compõem pode diferir da ação do extrato da planta. Por exemplo, enquanto o THC pode induzir psicose, o CBDcanabidiol tem ação antipsicótica.

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