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EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS NÃO INFECCIOSAS

Autores: Denise Bousfield da Silva, Mara Albonei Dudeque Pianovski
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  • Introdução

As neoplasias malignas representam a segunda causa de morte entre crianças e adolescentes, na maioria das populações mundiais, sendo superadas apenas pelas causas externas. No Brasil, os óbitos por câncer entre crianças, adolescentes e adultos jovens também correspondem à segunda causa de morte, embora esse padrão se diferencie de acordo com a região geográfica do País.1

O tratamento do câncer infantojuvenil envolve o uso de combinações terapêuticas intensivas, as quais determinaram o aumento na taxa de sobrevida global e na sobrevida livre de doença. No entanto, a própria doença e a terapêutica instituída podem determinar eventos adversos agudos e crônicos, gerando sinais e sintomas que, em geral, não são de domínio dos pediatras que não atuam nessa especialidade médica.

Algumas situações clínicas na criança e no adolescente com câncer são consideradas emergências/urgências e devem ser rapidamente reconhecidas e tratadas de forma adequada. Essas emergências/urgências oncológicas podem fazer parte da manifestação inicial da doença, ou se desenvolver durante o tratamento ou ainda durante sua progressão ou recidiva.2

Neste capítulo, serão abordados dois casos clínicos de pacientes pediátricos em situação de emergência/urgência oncológica. Posteriormente, serão detalhadas algumas situações de emergência/urgência oncológica, como:

 

  • hiperleucocitose;
  • síndrome de lise tumoral (SLTsíndrome de lise tumoral);
  • síndrome da veia cava superior (SVCSsíndrome da veia cava superior)/síndrome mediastinal superior (SMSsíndrome mediastinal superior);
  • hipertensão intracraniana (HIChipertensão intracraniana);
  • compressão da medula espinhal (CMEcompressão da medula espinhal).

Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar uma situação de emergência/urgência oncológica e seu risco potencial;
  • avaliar as principais situações de emergência/urgência oncológica;
  • realizar o diagnóstico e o manejo inicial do paciente oncológico;
  • encaminhar o paciente para um centro de referência em oncologia pediátrica.
  • Esquema conceitual
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