- Introdução
Nos últimos anos, a urolitíase (ULurolitíase) pediátrica tornou-se mais frequente. A razão para esse aumento não é clara, entretanto, tem sido atribuída a mudanças no clima, nos hábitos nutricionais, no estilo de vida e possivelmente a outros fatores ambientais. Está associada à morbidade significativa, em particular, porque os cálculos tendem a recorrer e podem ser a manifestação precoce de doenças graves, em especial, em lactentes e pré-escolares.
A maioria das crianças e dos adolescentes com cálculos urinários idiopáticos tem uma anormalidade metabólica subjacente que comprova a importância da avaliação metabólica após o diagnóstico inicial da ULurolitíase. A identificação da anormalidade metabólica permite a prescrição e as orientações mais específicas de intervenções não farmacológicas e farmacológicas destinadas a prevenir a formação recorrente de cálculos. A melhor compreensão das causas da ULurolitíase fornecerá melhores estratégias para a prevenção de sua formação em crianças e adolescentes.
Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- diagnosticar ULurolitíase em pacientes em todas as faixas etárias pediátricas;
- verificar que um pequeno percentual de pacientes pediátricos apresenta cólica nefrética;
- encaminhar todo paciente pediátrico com ULurolitíase para avaliação metabólica;
- solicitar os exames de imagem adequados aos pacientes com suspeita de ULurolitíase;
- requisitar exames séricos e urinários para diagnosticar distúrbios metabólicos associados à ULurolitíase;
- propor o tratamento adequado de pacientes com ULurolitíase;
- realizar a avaliação urológica nos casos obstrutivos;
- encaminhar o paciente ao nefrologista pediátrico.
- Esquema conceitual