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ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE UTILIZANDO UM MODELO DE JOGO DIDÁTICO

Autores: Paula Vitória Pena Machado , Gabriely Westphal Ramos , Daniela Dallegrave
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • discutir o panorama fisiopatológico e clínico da hipertensão arterial sistêmica (HAS);
  • descrever as contribuições do profissional de enfermagem no manejo da HAS na Atenção Primária à Saúde (APS);
  • estimular a incorporação de estratégias lúdicas e dinâmicas no manejo terapêutico para a adesão ao tratamento da HAS em usuários da APS.

Esquema conceitual

Introdução

A HAS é uma doença crônica não transmissível, definida pela elevação persistente dos níveis pressóricos, de etiologia multifatorial e de grande impacto para a saúde pública, visto a sua associação com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, doença renal crônica e morte prematura. No Brasil, a HAS tem uma alta prevalência, que varia, segundo as pesquisas, entre 21,4 e 32,3% na população adulta.1

O tratamento da HAS consiste em estratégias farmacológicas, com o uso de medicamentos anti-hipertensivos, e estratégias não farmacológicas, baseadas na mudança de estilo de vida, como a prática de atividade física, medidas de alimentação e nutrição, cessação do tabagismo, entre outras.1,2

A falta de adesão ao tratamento é um dos maiores desafios encontrados pela APS na promoção de alterações no estilo de vida e, consequentemente, no controle da hipertensão arterial. Sendo assim, é de grande importância que haja o desenvolvimento de novas abordagens de educação em saúde que possam motivar ações em fatores de risco modificáveis.3

Sugere-se que as abordagens considerem a realização de encontros em ambientes agradáveis e de fácil acesso, de dinâmicas em grupo que atraiam a atenção dos usuários, com participação ativa, e não apenas como espectadores, e que haja a divulgação dessas atividades, sejam elas realizadas em consultas individuais ou na comunidade, sendo o profissional de saúde um facilitador da inserção do usuário nesses espaços.4

Diante desse cenário de potencialidades de aplicação de estratégias para melhorar a adesão ao tratamento para a hipertensão arterial na APS, foi criado o jogo terapêutico denominado “Hiperbingão”. Com o objetivo de facilitar o acesso às orientações de medidas de prevenção aos fatores de risco e à adesão ao tratamento, o jogo caracteriza-se como uma ferramenta que possibilita o aprimoramento do pensamento crítico do usuário, tornando-o agente de sua própria saúde, com base na construção de conhecimento e autonomia para implementar mudanças de estilo de vida de maneira eficaz e produtiva.5

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