Entrar

ESTRATÉGIAS PARA MINIMIZAR A TRANSFUSÃO SANGUÍNEA EM CIRURGIAS DE COLUNA

Vicente Faraon Fonseca

epub-PROANESTESIA-C4V1_Artigo5

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • analisar o impacto da transfusão nos desfechos dos pacientes;
  • descrever os processos de hemostasia primária e secundária e fibrinólise;
  • identificar os principais mecanismos fisiopatológicos do sangramento em cirurgia de coluna;
  • reconhecer as estratégias de prevenção pré-operatória;
  • identificar as principais medidas intraoperatórias gerais para diminuição de sangramento em cirurgia de coluna;
  • elencar os principais agentes farmacológicos utilizados para diminuição de sangramento;
  • descrever o uso dos principais monitores de coagulação e sua aplicação nos protocolos de sangramento em cirurgia de coluna.

Esquema conceitual

Introdução

Nas últimas décadas, o número de procedimentos na coluna espinhal aumentou dramaticamente nos EUA, com incremento de cerca de 200% desde a década de 1990.1 Com o aumento do volume e da complexidade desse tipo de cirurgia, o manejo sanguíneo perioperatório se torna um importante tópico de pesquisa.2

Os procedimentos espinhais estão associados a um risco significativo de perda sanguínea no perioperatório. As cirurgias de revisão e tratamento de deformidades são as que mais necessitam de transfusão, com uma frequência que varia de 8 a 30% dos casos.3

É essencial a identificação das variáveis, associadas ao paciente e ao procedimento, que se relacionam com o aumento do risco de sangramento e o manejo ativo desses fatores. Esse alto risco de sangramento resulta em maior uso de produtos sanguíneos alogênicos, que aumentam as chances de4 infecção do sítio cirúrgico, sepse, eventos tromboembólicos, reintervenção cirúrgica e outras complicações relacionadas à transfusão.

Existem diversas estratégias que podem ser empregadas na diminuição do sangramento em cirurgias de coluna. Essas podem ser divididas em pré-operatórias, como manejo da anemia e o uso de medicações que afetam o processo hemostático; intraoperatórias, como o uso de fármacos que atuam na coagulação e na fibrinólise, hipotensão controlada, mudanças na técnica operatória e autotransfusão.

Para entender tais estratégias, é essencial que se conheça o processo hemostático normal e as alterações que ocorrem nas cirurgias espinhais.

Este programa de atualização não está mais disponível para ser adquirido.
Já tem uma conta? Faça login