Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os principais eventos adversos (EAs) relacionados às vacinas;
- notificar os EAs relacionados às vacinas;
- conduzir corretamente os casos de EAs relacionados às vacinas;
- orientar pacientes e familiares sobre os EAs relacionados às vacinas;
- prevenir a ocorrência de EAs relacionados às vacinas.
Esquema conceitual
Introdução
Durante os últimos cem anos, as companhias farmacêuticas desenvolveram inúmeras vacinas para prevenção de doenças infectocontagiosas e até para prevenção do câncer. A segurança das vacinas é considerada, mais do que nunca, uma preocupação mundial, e a vacinação segura é um fator determinante para o sucesso ou o fracasso dos programas nacionais de imunizações. Todo programa de imunização deve garantir a segurança das ações de vacinação e deve estar preparado para atender a qualquer motivo de preocupação do público.
Os riscos de complicações graves pelas vacinas são muito menores do que os riscos das doenças contra as quais elas protegem. É importante lembrar que, apesar de o risco mais temido ser a anafilaxia, os principais desencadeantes de anafilaxia são os alimentos, que respondem por 30% das anafilaxias fatais; os medicamentos, especialmente antibióticos e anti-inflamatórios não hormonais; e os venenos de insetos, como vespa, abelha e formiga, que representam cerca de 1% dos casos fatais em crianças e 3% em adultos.
No período em que as doenças infectocontagiosas eram muito prevalentes, os EAs secundários às vacinas eram pouco notados. À medida que as doenças ficaram sob controle, esses eventos adquiriram maior importância, pois começaram a ser mais percebidos. Assim, este capítulo irá abordar os EAs mais comuns relacionados às vacinas e as respectivas condutas.