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EVOLUÇÃO DAS CIRURGIAS OROFARÍNGEAS NO TRATAMENTO DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Autores: Bruno Bernardo Duarte, Danielle Yuka Kobayashi
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar as várias técnicas de cirurgias orofaríngeas no tratamento dos distúrbios respiratórios obstrutivos do sono;
  • descrever os preceitos da técnica atual de uvulopalatofaringoplastia (UPFP);
  • identificar para quais pacientes deve ser indicada ou contraindicada a técnica de UPFP;
  • reconhecer a evolução das técnicas de cirurgias orofaríngeas no tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS);
  • revisar a anatomia da região orofaríngea, a fim de aprender as diversas técnicas de faringoplastias;
  • descrever as diversas técnicas de faringoplastias, bem como as vantagens, desvantagens, indicações, contraindicações e complicações de cada uma delas.

Esquema conceitual

Introdução

Existem diversos tratamentos cirúrgicos e não cirúrgicos para o ronco e para a AOS. Em função das dificuldades de adesão ao tratamento com os aparelhos de pressão positiva (PAPs), considerado a terapia padrão-ouro, outras alternativas para pacientes portadores de distúrbios respiratórios obstrutivos do sono são mandatórias.1

Os tratamentos cirúrgicos para a AOS podem ser divididos didaticamente de acordo com a região anatômica foco da intervenção e com sua interferência ou não na anatomia do indivíduo. Um exemplo de cirurgia classificada como não anatômica é a que age na função do músculo dilatador da faringe — o genioglosso — que potencializa sua contração. Essa técnica é denominada neuroestimulação do nervo hipoglosso.1

Em relação às cirurgias denominadas anatômicas, são citados:1

 

  • procedimentos palatais;
  • cirurgias esqueléticas;
  • traqueostomia (TQT);
  • cirurgias da base da língua;
  • cirurgias nasais;
  • cirurgias orofaríngeas.

Inicialmente, as cirurgias orofaríngeas resumiam-se à UPFP, descrita no início dos anos 1980 por Fujita e colaboradores.1

Os resultados iniciais foram frustrantes em razão da falta de critérios para seleção dos candidatos ao procedimento e da técnica cirúrgica propriamente dita. Desde então, estudos para entender a anatomia da região orofaríngea e compreender a fisiopatologia da AOS levaram a uma evolução significativa da UPFP e de outras técnicas com atenção a essa região anatômica.2,3

Os principais passos que mudaram o paradigma dessas cirurgias foram a alteração do foco da região medial para a região lateral da faringe e o desenvolvimento de técnicas que trabalhem a confecção de retalhos por meio da musculatura profunda da parede lateral da faringe.2,

Neste capítulo, serão abordados os conceitos atuais da UPFP e de outras técnicas cirúrgicas com foco na orofaringe.

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