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REABILITAÇÃO AUDITIVA NAS MALFORMAÇÕES DA ORELHA EXTERNA

Autores: Luiz Fernando Manzoni Lourençone, Fernanda Dias Toshiaki Koga
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • compreender as noções básicas sobre a embriologia e a epidemiologia das malformações da orelha externa;
  • reconhecer fatores de risco causadores das malformações da orelha externa;
  • realizar o diagnóstico anatômico correto;
  • identificar e encaminhar o paciente para avaliação audiológica necessária;
  • orientar tratamentos e intervenções no tempo correto;
  • aconselhar a reabilitação auditiva do paciente.

Esquema conceitual

Introdução

A orelha externa compreende o pavilhão auricular e o conduto auditivo externo (CAE). A malformação congênita do pavilhão auricular é chamada microtia e pode apresentar diferentes graus de comprometimento, que variam desde anormalidades estruturais leves até a completa ausência do pavilhão auricular — chamada anotia. Em grande parte dos casos está associada à atresia aural congênita e pode ou não estar associada a malformações da orelha média e, menos comumente, da orelha interna.

Em geral, a malformação da orelha externa ocorre no primeiro trimestre da gestação e, apesar da associação com diversas síndromes, ocorre de forma isolada e unilateral na maioria dos pacientes, com maior incidência no lado direito e no sexo masculino.1 Na maioria dos casos, não há antecedentes familiares e dificilmente é detectada em exames morfológicos durante a gestação, sendo percebida, muitas vezes, apenas no nascimento, gerando dúvidas e preocupações para a família.

A reabilitação dos pacientes portadores de microtia deve incluir uma equipe multidisciplinar experiente, e o otorrinolaringologista, por ser uma das primeiras especialidades procuradas, deve ter conhecimento para guiar o tratamento e o aconselhamento do caso.

Os objetivos principais da equipe, nessas situações, são reconstruir a anatomia da orelha externa, reabilitar a audição e a linguagem, investigar fatores causais e outras malformações associadas e acolher e aconselhar o paciente e sua família.

Neste capítulo, serão abordadas, de forma prática, as informações necessárias ao otorrinolaringologista para o manejo clínico e cirúrgico do paciente portador de microtia.

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