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EXAMES LABORATORIAIS EM TERAPIA INTENSIVA: O QUE O FISIOTERAPEUTA DEVE SABER

Autores: Caio César Araújo Morais, Lucas de Assis Pereira Cacau, Marco Aurélio de Valois Correia Junior, Flávio Maciel Dias de Andrade, Daniel Lago Borges
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  • Introdução

A cada ano, o fisioterapeuta tem a necessidade de buscar mais conhecimento para saber lidar com novas tecnologias e novos exames que são disponibilizados no mercado. Nesse contexto, a saúde baseada em evidências vem contribuindo sobremaneira nas tomadas de decisões sobre quais técnicas e/ou recursos devem ser utilizados para cada doença. A leitura e a procura da atualização são, nesse caso, fundamentais para que o profissional se capacite e saiba enfrentar novos desafios.

Embora não seja responsável pelo diagnóstico da doença, a interpretação dos resultados contidos nos exames ajuda na avaliação, além de ser uma importante ferramenta na conduta do fisioterapeuta. É por meio do processo de avaliação que todo o conhecimento adquirido ao longo da carreira profissional é colocado em prática, e os exames complementares são mais um recurso para ajudar na terapêutica.

Fisioterapeutas especializados na área de terapia intensiva, mesmo com todo o avanço científico e os recursos disponíveis das últimas décadas, podem se deparar com dúvidas sobre qual deve ser o melhor tratamento para o paciente. Aditivamente a essa questão, é possível que os locais de trabalho não disponibilizem todos os exames complementares, importantes para o bom direcionamento da terapia a ser realizada. Por esse motivo, alguns desses exames, apresentados no Quadro 1, a seguir, podem ser úteis para auxiliar na avaliação do paciente e serão explanados ao longo do artigo.

Quadro 1

EXAMES COMPLEMENTARES

Hemograma

Série vermelha

Hemoglobina (Hbhemoglobina), hematócrito (Hthematócrito) e hemácias

Série branca

Normal, leucocitose, leucopenia, infecção (bacteriana, viral), eosinofilia (alérgica e parasitose)

Plaquetas

Normal e plaquetopenia

Coagulograma

Sangramento e distúrbios da coagulação

Ionograma

Sódio, potássio, fósforo, cálcio, magnésio

Função renal

Ureia e creatinina (insuficiência renal)

Função hepática (enzimas hepáticas)

Albumina, bilirrubinas, fatores de coagulação e enzimas transaminase glutâmico-oxalacética (TGOtransaminase glutâmico-oxalacética) e transaminase glutâmico-pirúvica (TGPtransaminase glutâmico-pirúvica)

Biomarcadores de necrose miocárdica

Creatinoquinase (CKcreatinoquinase), troponinas, mioglobina, outros biomarcadores cardíacos

Perfil lipídico

Colesterol total (CTcolesterol total), triglicérides (TGtriglicérides), lipoproteína de alta densidade (HDLlipoproteína de alta densidade), lipoproteína de muito baixa densidade (VLDLlipoproteína de muito baixa densidade) e lipoproteína de baixa densidade (LDLlipoproteína de baixa densidade)

Os exames complementares isoladamente não podem ser responsáveis pela determinação do plano terapêutico; devem ser utilizados, portanto, para auxiliar na avaliação.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor deverá ser capaz de:

 

  • reconhecer e interpretar os diversos exames complementares existentes;
  • distinguir um exame normal de outro com algum tipo de alteração;
  • realizar investigação crítica durante a interpretação;
  • identificar um hemograma (saber avaliar infecção viral e bacteriana);
  • identificar e reconhecer a leitura de coagulograma, ionograma, função renal, função hepática, biomarcadores de necrose miocárdica e perfil lipídico.
  • Esquema conceitual
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