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TOSSE MECANICAMENTE ASSISTIDA EM TERAPIA INTENSIVA

Autores: Leonardo Pamponet Simões, Bruno Prata Martinez, Daniel França Seixas Simões
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  • Introdução

A unidade de terapia intensiva (UTIunidade de terapia intensiva) é um setor onde se encontram pacientes graves e uma das situações que mais compromete a estabilidade deles é, até a sua possibilidade de alta da unidade, a incapacidade de manter sua via aérea pérvia e de eliminar as secreções.

Entre as condições que podem comprometer esses aspectos destacam-se as doenças neuromusculares, as patologias neurológicas, como o trauma craniencefálico (TCE) e raquimedular, e o período de internamento prolongado na UTIunidade de terapia intensiva, levando ao desenvolvimento do quadro de fraqueza muscular do doente crítico.1 Esse perfil de paciente geralmente necessita de maior vigilância para manutenção da via aérea patente e de técnicas assistidas para remoção de secreções e manutenção de ventilação alveolar adequada.2

Entre os recursos e as técnicas para remoção de secreção, citam-se a tosse manualmente assistida e a aplicação de pressão positiva na via aérea, as quais podem melhorar a efetividade da tosse, e as técnicas invasivas, como a aspiração traqueal, que pode apresentar algumas complicações (hipoxemia, lesão tecidual e infecções).3,4

Como alternativa, há alguns anos, surgiu a tosse mecanicamente assistida ou máquina da tosse (MTmáquina da tosse), um aparelho que realiza terapia de remoção de secreção de forma não invasiva, possível de ser utilizada no ambiente domiciliar e hospitalar e, de forma particular, na UTIunidade de terapia intensiva, nos pacientes com fraqueza da musculatura respiratória.4-6

A tosse mecanicamente assistida, quando utilizada na UTIunidade de terapia intensiva, pode facilitar a remoção de secreção de forma não invasiva em pacientes que apresentem sua indicação. Dessa forma, pode contribuir para prevenir a intubação orotraqueal e auxiliar no desmame ventilatório em algumas situações específicas.5,7,8

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:

 

  • compreender o mecanismo fisiológico para uso da tosse mecanicamente assistida na terapia de remoção de secreções;
  • identificar os ajustes básicos necessários para o uso da tosse mecanicamente assistida;
  • descrever as indicações e implicações práticas para uso da tosse mecanicamente assistida na UTIunidade de terapia intensiva;
  • reconhecer os riscos e as complicações inerentes à tosse mecanicamente assistida.
  • Esquema conceitual
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