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FIBRILAÇÃO ATRIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autor: Bruno Andrades
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  • Introdução

A fibrilação atrial (FAfibrilação atrial) é uma arritmia de origem supraventricular com alta prevalência (10%) na população acima de 70 anos.1

Por se tratar de doença comum na prática ambulatorial, é extremamente importante que o médico de família e comunidade (MFCmédico de família e comunidade), ou o médico da atenção primária à saúde (APSatenção primária à saúde), esteja sensibilizado e treinado para a adequada suspeição e diagnóstico da FAfibrilação atrial, bem como para o manejo inicial e o encaminhamento a outros especialistas quando necessário.

Além disso, é de suma importância que ferramentas próprias da APSatenção primária à saúde, como o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCPMétodo Clínico Centrado na Pessoa), as habilidades de comunicação — incluindo a decisão compartilhada (DCdecisão compartilhada) — e o uso da Saúde Baseada em Evidências (SBE), façam parte da abordagem (que deve ser integral, personalizada e coordenada com os outros níveis de atenção) de cada pessoa portadora dessa condição crônica e sob responsabilidade do MFCmédico de família e comunidade.

Neste capítulo, serão abordados aspectos breves relacionados à epidemiologia e ao diagnóstico da FAfibrilação atrial, aprofundando-se em questões pertinentes ao manejo dessa taquiarritmia tão comum na prática do MFCmédico de família e comunidade, como estratégias de controle de resposta ventricular ou controle de ritmo, anticoagulação e compartilhamento do cuidado com outros especialistas quando necessário.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • diagnosticar a FAfibrilação atrial;
  • reduzir o limiar de suspeição de FAfibrilação atrial, sobretudo em pessoas com 75 anos de idade ou mais;
  • identificar os meios para controle da frequência cardíaca (FCfrequência cardíaca) em pacientes com FAfibrilação atrial;
  • definir uma estratégia de longo prazo para manejo da FAfibrilação atrial, que poderá ser o controle de FCfrequência cardíaca ou tentativa de retorno ao ritmo sinusal;
  • identificar pessoas com FAfibrilação atrial que podem se beneficiar de estratégia de controle de ritmo e encaminhá-las ao cardiologista;
  • identificar e tratar pessoas com FAfibrilação atrial que se beneficiam de intervenções para prevenção de eventos tromboembólicos;
  • avaliar, em pessoas com FAfibrilação atrial, o risco de sangramento e de eventos tromboembólicos de maneira personalizada.

 

  • Esquema conceitual
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