- Introdução
O mecanismo de reparo tecidual após uma lesão está entre um dos mais complexos processos que ocorrem em organismos multicelulares.1 Em mamíferos, a resposta típica à lesão é a formação de uma cicatriz fibrótica, que reestabelece a integridade dos tecidos.1 Anualmente, no mundo, são realizados cerca de 230 milhões de procedimentos cirúrgicos em humanos adultos, que cicatrizam com formação de tecidos específicos que podem afetar a função e a aparência.2,3
Após uma lesão na pele, as condições mecanofisiológicas são drasticamente alteradas pelo processo de reparo e influenciarão consideravelmente a evolução da cicatrização e a formação dos tecidos cicatriciais.4
O resultado do processo de reparo tecidual poderá ser uma cicatriz fina e discreta, quase imperceptível, ou uma exuberante fibrose, a qual pode comprometer a função da pele e das estruturas adjacentes/associadas (músculos, fáscias, nervos e articulações).
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- explicar o processo de reparo tecidual;
- sintetizar o mecanismo molecular de formação de fibroses;
- conceituar a fotobiomodulação;
- apresentar propostas terapêuticas para fibroses e aderências pela terapia manual ortopédica (TMOterapia manual ortopédica);
- reconhecer o papel dos nervos na cicatrização.
- Esquema conceitual