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FITOQUÍMICOS E AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA

Sula de Camargo

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • revisar o processo inflamatório e os aspectos moleculares envolvidos;
  • identificar os alvos terapêuticos para tratamento;
  • discutir o conceito de fitoquímicos e sua relação com a inflamação;
  • reconhecer os aspectos legais sobre a prescrição de fitoquímicos.

Esquema conceitual

Introdução

Os registros de incidência de doenças inflamatórias ou que envolvam em sua etiologia a inflamação apontam um aumento crescente no mundo todo. Além da incidência, outra preocupação é de que a inflamação pode comprometer vários sistemas.1 A inflamação é um processo complexo, dinâmico e coordenado, que envolve muitos participantes, como células e mediadores químicos e biológicos. Ela pode ser aguda, mas também pode se cronificar.2,3

Entre as condições crônicas cuja principal causa é a inflamação crônica, estão doenças cardiovasculares (DCVs), diabetes melito tipo 2 (DM2), disfunção endotelial, doenças neurodegenerativas, depressão, hipertensão arterial derivada da angiotensina II, doenças inflamatórias intestinais (DIIs), doenças articulares, câncer, doenças pulmonares, entre outras.1,2,4–6

Existem medicamentos anti-inflamatórios eficazes e de rápida ação, mas a prática clínica mostra limitações principalmente pelos efeitos adversos graves.1 As classes de medicamentos anti-inflamatórios utilizadas geralmente são os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e os corticoides.7

Os compostos de origem natural têm uso tradicional como anti-inflamatórios há muito tempo por diversas populações. Os estudos de fitoquímicos, etnofarmacologia, farmacologia molecular, farmacocinética e farmacodinâmica contribuíram para o melhor entendimento sobre os fitoquímicos, os possíveis mecanismos de ação, as ações desencadeadas no organismo, entre outras informações.1,3

Para abordagem neste capítulo, foram selecionados alguns fitoquímicos com ação anti-inflamatória, como as catequinas, os curcuminoides, a silimarina, o gingerol, o shogaol, o paradol, os ácidos boswellicos e as glicirrizinas. Serão abordados dados pré-clínicos e clínicos de cada fitoquímico no contexto da inflamação.

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