Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- validar a necessidade do manejo de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários antes da realização da terapêutica endoscópica;
- reconhecer a necessidade de preparo do paciente para a realização da terapêutica endoscópica;
- estar ciente dos riscos de hemorragia após a realização de endoscopia digestiva terapêutica;
- distinguir e tratar as complicações hemorrágicas das diferentes terapêuticas endoscópicas.
Esquema conceitual
Introdução
A endoscopia digestiva alta é um dos procedimentos mais realizados para o diagnóstico e o tratamento de lesões no trato gastrintestinal alto. Devido à complexidade dos pacientes e ao avanço dos procedimentos endoscópicos terapêuticos, torna-se necessário avaliar seus riscos e potenciais eventos adversos, tais como o sangramento relacionado aos procedimentos.
O sangramento prontamente evidenciado durante a endoscopia deve ser contido com as técnicas habituais de hemostasia, seja por métodos térmicos, seja por meios injetáveis e/ou mecânicos. Por outro lado, sangramentos tardios e/ou não identificados no momento do exame podem ter consequências letais e, portanto, requerem maior atenção. É fundamental minimizar os danos ao paciente pela antecipação de medidas preventivas.
O conhecimento do histórico do paciente, de detalhes do procedimento a ser realizado, dos riscos inerentes desse procedimento e dos métodos de resolução das complicações diferencia o médico endoscopista e protege o paciente de potenciais riscos à saúde.