■ Introdução
A pressão intracraniana (PICpressão intracraniana) resulta do equilíbrio dinâmico entre os volumes dos elementos [parênquima encefálico, líquido cefalorraquidiano (LCRlíquido cefalorraquidiano) e sangue circulante], que coexistem em uma caixa óssea (crânio) com volume constante após o fechamento das suturas e fontanelas (“doutrina de Monroe-Kellie”).
Quando os mecanismos autorregulatórios da PICpressão intracraniana são sobrepujados pelo aumento de volume de um ou mais dos conteúdos do crânio, pode ocorrer aumento da PICpressão intracraniana, com as consequentes manifestações clínicas (cefaleia, náuseas e vômitos e edema de papila e sinais de herniações do parênquima encefálico).1-3
Distúrbios da circulação liquórica, presença de lesões que ocupam espaço na caixa craniana (coleções líquidas ou tumorações), edema cerebral e aumento do volume sanguíneo intracraniano por vasodilatação da microcirculação ou por dificuldade na drenagem venosa encefálica são as principais situações que desencadeiam o aumento da PICpressão intracraniana e que merecem rápida e eficaz atuação médica, visando eliminar ou minimizar os efeitos deletérios ao parênquima cerebral.4-6
Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.
■ Objetivos
Após a leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
- ■ possibilitar a identificação de sinais clínicos que permitam o diagnóstico de hipertensão intracraniana (HIChipertensão intracraniana);
- ■ exemplificar situações de HIChipertensão intracraniana frequentes na prática clínica;
- ■ ter contato com o conhecimento atual baseado em evidências acerca das condutas para o tratamento da HIChipertensão intracraniana;
- ■ discutir aspectos que norteiem a seleção das medidas terapêuticas mais apropriadas, bem como a sequência mais racional das suas aplicações.
■ Esquema conceitual