Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os principais medicamentos indutores de hipertensão secundária;
- descrever os mecanismos fisiopatológicos dos medicamentos indutores de hipertensão;
- indicar o melhor tratamento com base nos mecanismos fisiopatológicos de cada medicamento indutor de hipertensão.
Esquema conceitual
Introdução
Embora seja difícil estipular a prevalência de hipertensão arterial secundária por medicamentos, muitos são os fármacos usados na prática clínica capazes de ocasioná-la. Estima-se que pelo menos 15% dos pacientes são expostos à polifarmácia (uso concomitante de cinco ou mais medicamentos), sendo que uma parcela considerável desses pacientes é hipertensa por doença induzida ou exacerbada pela polifarmácia.1,2
Dessa maneira, os médicos devem realizar uma busca ativa e questionar os pacientes sobre quaisquer agentes farmacológicos com potencial impacto sobre o controle da pressão arterial (PA), incluindo o uso de medicamentos fitoterápicos e preparações de venda livre.
Se o medicamento pode ser suspenso, geralmente a PA volta para seus níveis basais. No entanto, em algumas situações, o medicamento não poderá ser suspenso, e o entendimento do mecanismo fisiopatológico pelo qual o fármaco induz hipertensão será fundamental para o manejo do problema.3