- Introdução
As luxações do cotovelo constituem 10 a 25% de todas as lesões do cotovelo. Das lesões no membro superior, a luxação do cotovelo é a segunda mais frequente, após a do ombro. O mecanismo mais frequente de luxação do cotovelo é de queda ao solo sobre a mão estendida e o cotovelo semiestendido.
Acidentes com veículos motorizados, lesões esportivas e outros mecanismos de alta energia são também responsáveis por uma grande parte das luxações nos indivíduos jovens. A média de idade nos casos de luxação do cotovelo é de 30 anos. Aproximadamente, 90% das luxações ocorrem com desvio posterior ou posterolateral do antebraço em relação ao úmero. Em casos mais raros, o desvio é lateral ou anterior do antebraço. O cotovelo é a segunda articulação, em frequência, a sofrer luxação nos adultos, com incidência anual de 5 a 6 por 100.000.
As fraturas mais frequentemente associadas à luxação do cotovelo são da cabeça do rádio e/ou do processo coronoide da ulna. Ocasionalmente, os côndilos e/ou epicôndilos do úmero estão envolvidos. Quando ocorrem fraturas associadas às luxações, essas são denominadas luxações complexas. Felizmente, a maioria das luxações é simples ou com fraturas marginais de tratamento não operatório.
- Objetivos
Após a leitura deste artigo, o leitor deverá ser capaz de:
- compreender a biomecânica e a anatomia aplicadas à estabilidade do cotovelo;
- reconhecer as alterações patológicas mais frequentemente associadas à instabilidade do cotovelo e respectivas propedêuticas e tratamentos;
- diagnosticar e planejar o tratamento das fraturas associadas às luxações do ombro.
- Esquema conceitual