- Introdução
A paralisia do plexo braquial obstétrica (PPBOparalisia do plexo braquial obstétrica) é devida à lesão dos nervos do plexo braquial relacionada a traumatismos que ocorrem durante o parto. Tais mecanismos de trauma podem ocorrer nos partos de apresentação: cefálica, pélvica e cesárea (raro). Além dessas causas, alguns autores associam essa deficiência à má posição intrauterina.1
O acometimento dos nervos é variável, compreendendo desde uma neuropraxia até a completa avulsão das raízes dos nervos que compõem o plexo braquial. A manifestação clínica dependerá dos nervos acometidos, sendo reunidos em grupos, conforme abordado no presente artigo.
Devido ao fato da energia envolvida para provocar a lesão ser menor, se comparamos a um acidente de motocicleta, temos uma evolução favorável, com uma recuperação da motricidade na maioria dos casos. O tratamento visa ao equilíbrio dos movimentos, para que sejam harmônicos, e deve focar em alterações que apresentam um padrão constante, abrangendo da reabilitação até cirurgia corretiva, passando pela cirurgia de correção dos nervos.
O presente artigo objetiva instruir ao Profissional Médico e ao Ortopedista em formação ou que tenha atuação generalista a interpretar as manifestações clínicas apresentadas pela criança acometida e as principais condutas, mesmo que não as execute, e encaminhar a tempo para eventual tratamento especializado.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de:
- reconhecer as principais manifestações clínicas apresentadas pela criança acometida pela PPBOparalisia do plexo braquial obstétrica;
- identificar os sinais de mau prognóstico para PPBOparalisia do plexo braquial obstétrica;
- estabelecer a avaliação da criança com PPBOparalisia do plexo braquial obstétrica, considerando os sinais clínicos e os exames diagnósticos necessários;
- reconhecer as principais condutas terapêuticas indicadas para a criança com PPBOparalisia do plexo braquial obstétrica.
- Esquema conceitual