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INSUFICIÊNCIA OVARIANA PREMATURA

Autores: Mariangela Badalotti, Gustavo Michel, Adriana Arent, Vanessa Devens Trindade, Alvaro Petracco , Marta Ribeiro Hentschke
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  • Introdução

Entende-se por insuficiência ovariana prematura (IOPinsuficiência ovariana prematura) a perda da função ovariana, temporária ou definitiva, que ocorre após a menarca e antes dos 40 anos de idade.1,2 Clinicamente, as pacientes apresentam distúrbios menstruais ou amenorreia primária ou secundária, hipoestrogenismo (no âmbito laboratorial) e elevação das gonadotrofinas hipofisárias.1

A IOPinsuficiência ovariana prematura tem uma prevalência de cerca de 0,9% na população,3 afetando 1/1000 mulheres com idade entre 25 e 30 anos e 1/100 mulheres com idade entre 35 e 40 anos.4 A prevalência de IOPinsuficiência ovariana prematura em pacientes com amenorreia primária é de 10 a 28%, e de 4 a 18% em pacientes com amenorreia secundária.2

A ocorrência de IOPinsuficiência ovariana prematura afeta tanto fisicamente quanto emocionalmente as pacientes, resultando em alterações4

 

  • no futuro reprodutivo:
  • no trato genital;
  • na função sexual;
  • na massa óssea;
  • no aparelho cardiovascular;
  • na função cognitiva.

Outros termos também são utilizados para descrever a IOPinsuficiência ovariana prematura, como falência ovariana primária e hipogonadismo hipergonadotrófico.5

LEMBRAR

A IOPinsuficiência ovariana prematura é diferente da menopausa, uma vez que pode ocorrer função ovarina intermitente e imprevisível em 50% dos casos, ovulação espontânea em 20%, e cerca de 5 a 10% das pacientes engravidam de forma espontânea após o diagnóstico.5

No aspecto clínico, a IOPinsuficiência ovariana prematura manifesta-se como amenorreia hipergonadotrófica hipoestrogênica, com aumento dos níveis de hormônio folículo-estimulante (FSHhormônio folículo-estimulante) e hormônio luteinizante (LHhormônio luteinizante), e hipoestrogenismo (diminuição ou ausência de produção de estrogênio pelos ovários).

Os eventos que sinalizam o episódio da última menstruação não estão claros, mas um grande fator é a depleção dos oócitos. Próximo da menopausa, poucos folículos estão presentes no ovário, com característica de não mais responderem ao estímulo do FSHhormônio folículo-estimulante. Assim, o hipotálamo aumenta de modo gradativo à liberação de FSHhormônio folículo-estimulante e LHhormônio luteinizante na tentativa de realizar estímulo folicular com liberação de estradiol, um marcador precoce da parada da função ovariana.2

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • descrever a sintomatologia da IOPinsuficiência ovariana prematura;
  • identificar as possíveis causas de IOPinsuficiência ovariana prematura;
  • indicar os melhores exames para a busca da etiologia;
  • informar sobre opções adequadas para o tratamento dessas pacientes.
  • Esquema conceitual
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