Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar o momento adequado para iniciar a introdução alimentar em lactentes;
- definir e evoluir a composição e a consistência adequada das preparações de acordo com a idade;
- reconhecer situações fisiológicas no lactente que podem surgir com a alimentação.
Esquema conceitual
Introdução
A introdução de alimentos sólidos na alimentação infantil passou por diversas mudanças desde o início do século passado. Atualmente, a tendência é introduzir os alimentos no momento apropriado, considerando a maturidade fisiológica e o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.1
As práticas alimentares no primeiro ano de vida constituem um marco importante na formação de hábitos da criança. O aleitamento materno (AM), em todos os momentos da história, foi abordado como a melhor opção de alimentação ao recém-nascido (RN), mas, na impossibilidade, o leite de vaca foi uma alternativa que permaneceu por muito tempo, causando sérios prejuízos aos lactentes, como anemia, desnutrição, alergias alimentares, entre outros.1
Antigamente, a mãe ou o cuidador de lactentes entre 4 e 6 meses eram orientados a oferecer papa salgada peneirada, uma maneira fácil de alimentar o bebê, além de suco de fruta. Hoje, sabe-se que essa prática é inadequada e pode prejudicar o crescimento e o desenvolvimento da criança.2
Entre 7 e 8 meses de idade, era comum a introdução de biscoitos e sobremesas doces, como pudim, arroz-doce, compotas caseiras e gelatina. Com os avanços nos estudos, verificou-se que esses alimentos oferecidos à criança precocemente traziam prejuízos à saúde e, atualmente, recomenda-se que não devem ser oferecidos antes dos 2 anos de idade.2
Neste capítulo, será abordado, com fundamento na literatura atual, como deve ser realizada a introdução alimentar de lactentes.