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MANEJO DA PANCREATITE AGUDA

Autores: Maira Andrade Nacimbem Marzinotto, Gisela Bandeira de Melo Lins de Albuquerque, Amanda Mandarino Alves , Thais Cabral de Melo Viana, Sabrina Rodrigues de Figueiredo
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Introdução

A pancreatite aguda é um processo inflamatório agudo do pâncreas, de etiologia diversa, caracterizada pelo início súbito dos sintomas, que tendem a se resolver espontaneamente após alguns dias do início do quadro.

Acredita-se que essa inflamação seja deflagrada pela ativação das enzimas pancreáticas ainda no interior do órgão, levando a uma autodigestão, porém ainda não se tem claro o mecanismo exato que conduziria a tal ativação.1

Na maioria dos casos, é possível determinar a etiologia da pancreatite aguda, sendo a colelitíase a principal causa dos episódios (40 a 70%), seguido da alcoólica (25 a 35%). Outras causas menos prevalentes de pancreatite aguda são as seguintes:1

 

  • traumas;
  • medicações;
  • agentes infecciosos;
  • causas metabólicas (hipercalcemia, hipertrigliceridemia e hiperparatireoidismo);
  • causas autoimunes;
  • isquemia;
  • massas tumorais que levem à obstrução do ducto pancreático.

A dor característica da pancreatite aguda, apesar de pouco específica, é intensa e localizada na região epigástrica ou no quadrante abdominal superior esquerdo, em barra, constante, com irradiação para as costas, o tórax ou os flancos, sendo comum a associação com náuseas e vômitos recorrentes. Os pacientes que apresentem esse quadro clínico devem ser investigados laboratorialmente ou por imagem para a confirmação diagnóstica.1,2

O diagnóstico da pancreatite aguda é estabelecido pela presença de dois entre os três critérios a seguir:

 

  • dor abdominal característica da doença;
  • amilase ou lipase sérica maior do que três vezes o valor de normalidade;
  • achado de imagem característico da doença.

Recomenda-se um exame de imagem — tomografia computadorizada (TCtomografia computadorizada) contrastada de abdome e/ou ressonância magnética (RMressonância magnética) — em três situações:1,2

 

  • dúvida diagnóstica;
  • quadro sem melhora após 48 a 72 horas da admissão hospitalar;
  • avaliação de complicações.

A partir de casos clínicos, serão apresentados o manejo inicial e o seguimento esperado ao paciente diagnosticado com pancreatite aguda.

Nota da Editora: os medicamentos que estiverem com um asterisco (*) ao lado estão detalhados no Suplemento constante no final deste volume.

Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • promover o manejo inicial do paciente com pancreatite aguda;
  • diagnosticar a pancreatite aguda;
  • realizar o seguimento de complicações.

Esquema conceitual

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