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MANEJO DO HIPERALDOSTERONISMO PRIMÁRIO

Autor: Denise G. Farinelli
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  • Introdução

O hiperaldosteronismo primário (HAPhiperaldosteronismo primário) é a principal causa de hipertensão arterial sistêmica (HAShipertensão arterial sistêmica) secundária, acometendo até 20% dos hipertensos refratários ao tratamento. Esses indivíduos apresentam elevada morbidade e mortalidade cardiovascular quando comparados a pacientes com hipertensão essencial (HEhipertensão essencial) com o mesmo nível pressórico, devido à ação direta da aldosterona.1

O HAPhiperaldosteronismo primário é uma patologia subdiagnosticada, pois o quadro clínico é inespecífico; na maioria dos casos, os pacientes são apenas hipertensos sem outros sinais. Dessa forma, é importante identificar os grupos de elevado risco que devem ser investigados. O rastreamento é realizado por meio da relação entre a concentração de aldosterona plasmática (CAPconcentração de aldosterona plasmática) e a atividade de renina plasmática (ARPatividade de renina plasmática); valores superiores a 27 indicam que se deve prosseguir na investigação para confirmar a secreção autônoma de aldosterona.

As principais etiologias são a hiperplasia adrenal bilateral ou idiopática (HAIhiperplasia adrenal bilateral ou idiopática) e os adenomas produtores de aldosterona (APAadenoma produtor de aldosteronas). A diferenciação entre esses subtipos, com tomografia computadorizada (TCtomografia computadorizada) de adrenais e cateterismo de veias adrenais, se faz necessária para indicar a terapêutica adequada. Nos APAadenoma produtor de aldosteronas a fonte produtora de aldosterona é unilateral, e o tratamento de escolha é adrenalectomia unilateral videolaparoscópica. Por sua vez, nos casos bilaterais, como na HAIhiperplasia adrenal bilateral ou idiopática, o tratamento é clínico com antagonistas do receptor mineralocorticoide (ARMantagonista do receptor mineralocorticoides) e não raramente há necessidade de associar outros hipotensores para um adequado controle pressórico.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • identificar pacientes suspeitos de HAPhiperaldosteronismo primário;
  • rastrear e diagnosticar o HAPhiperaldosteronismo primário;
  • diferenciar os subtipos de HAPhiperaldosteronismo primário;
  • indicar o tratamento adequado para cada etiologia;
  • preparar o paciente para o tratamento cirúrgico;
  • estabelecer o acompanhamento pós-operatório;
  • programar o tratamento clínico de pacientes com HAIhiperplasia adrenal bilateral ou idiopática;
  • listar os efeitos colaterais do tratamento clínico;
  • reconhecer as melhores opções terapêuticas adicionais e alternativas.

 

  • Esquema conceitual
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