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MANUTENÇÃO APÓS REABILITAÇÃO PULMONAR

Autores: Carla Malaguti, Karina Couto Furlanetto, Vitória Cavalheiro Puzzi , Tulio Medina
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • decidir qual modelo de manutenção da reabilitação pulmonar (RP) deve ser aplicado;
  • descrever barreiras e facilidades de cada alternativa de programa de manutenção da RP;
  • incorporar a manutenção por telerreabilitação quando essa for uma abordagem acessível e de engajamento para o paciente;
  • usar estratégias para manutenção de comportamento ativo duradouro para o paciente em RP;
  • identificar quando a manutenção não é mais indicada e os cuidados paliativos (CPs) ao paciente com doença respiratória crônica são sugeridos.

Esquema conceitual

Introdução

A RP tem por definição, conforme a American Thoracic Society (ATS) e a European Respiratory Socierty (ERS):1

Intervenção abrangente com base em uma avaliação completa, seguida de terapias adaptadas aos pacientes e que incluem, mas não se limitam a treinamento físico, educação e mudança de comportamento, destinada a melhorar a condição física e psicológica dos pacientes com doença respiratória crônica e promover aderência a longo prazo a comportamentos que favoreçam a saúde.

Os programas de RP duram, em geral, cerca de 8 a 12 semanas e se mostram efetivos em reduzir a dispneia, aumentar a capacidade de exercício e melhorar a qualidade de vida (QV) de pacientes com doenças respiratórias crônicas. Entretanto, os benefícios alcançados não perduram em longo prazo, provavelmente, porque a aderência à manutenção da RP após um programa inicial ainda é menor do que 50%2 e cerca de 20% dos pacientes que concluem a RP voltam posteriormente para repetir outros ciclos.3

Basicamente, a RP deve promover comportamentos físicos que favoreçam a saúde, os quais envolvem atitudes mentais e físicas. Ao se concluir a RP inicial e não manter uma rotina de exercícios e atividade física (AF), pode ocorrer o princípio da reversibilidade, segundo o qual todas as modificações favoráveis adquiridas com o treinamento físico são perdidas na mesma proporção em que se reduzem a frequência, a intensidade e a duração dos exercícios.

Se o participante, ao concluir um programa de RP, não adquiriu comportamentos favoráveis para manter os benefícios adquiridos, a RP pode ser novamente necessária. Contudo, nessa fase, há a possibilidade de o paciente realizar manutenção, repetição ou continuação dela.

No presente capítulo, serão abordadas estratégias para manutenção dos benefícios adquiridos em um programa de RP inicial, nos cenários domiciliar, na comunidade e por meio da telerreabilitação. Além disso, serão discutidas algumas estratégias para manter o comportamento ativo e quando a tomada de decisão sugere o CP.

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