Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os fatores de risco para a falha na extubação;
- reconhecer os recursos disponíveis pós-extubação;
- indicar a aplicação dos suportes respiratórios disponíveis após a extubação de pacientes pediátricos e neonatais.
Esquema conceitual
Introdução
A transição da ventilação mecânica invasiva (VMI) para a respiração espontânea é um processo complexo no qual o paciente gradualmente assume a ventilação e a troca gasosa enquanto é retirado o suporte ventilatório.1 A extubação é o momento de retirada da via aérea (VA) artificial, e vários eventos adversos são relacionados a esse procedimento, como:2
- obstrução das VAs;
- laringoespasmo;
- broncoespasmo;
- aspiração;
- edema das VAs.
Esses eventos podem evoluir para a necessidade de reintubação,2 caracterizando a falha de extubação.3
Aqueles pacientes que falham na extubação possuem um maior risco de morbidade e mortalidade,2,4 além de um maior tempo de VMI e de internação em unidade de terapia intensiva (UTI).4
O planejamento e a execução da extubação tornam-se procedimentos imprescindíveis, especialmente nas crianças com VA difícil.2 A avaliação crítica e uma abordagem sistemática fazem-se necessárias para avaliar a capacidade do paciente de manter a respiração sem a VMI em busca de agilizar o desmame sem falha na extubação.5
Alternativas ventilatórias, quando instituídas de forma profilática, podem acelerar o desmame da VMI, reduzindo o desconforto respiratório e, por consequência, evitando a falha de extubação.6 Assim, a equipe assistencial deve conhecer as estratégias disponíveis a serem utilizadas após a extubação eletiva, visando a minimizar o risco de complicações.7,8