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MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE: FUTURAS POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS

Autores: Thaisa Dourado Guedes Trujilho, Lauro José Ribeiro Viana, Fábio Rogério Trujilho
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  • Introdução

O corpo humano contém muitos microrganismos, incluindo milhares de bactérias, protistas e vírus no trato digestivo. Essa comunidade de microrganismos é conhecida como microbiota.1 A compreensão da interação da comunidade microbiótica com o hospedeiro tem ajudado a entender melhor suas repercussões na saúde do indivíduo.2

Fatores ambientais como o tipo de dieta, o estilo de vida, o nível de higiene e o uso de medicações, além do próprio genoma do hospedeiro, são determinantes na composição da microflora intestinal.2

Habitualmente, a microbiota vive em simbiose com o hospedeiro e desempenha vários papéis no metabolismo, como o aumento da extração de energia da dieta e a modulação de genes e de proteínas do hospedeiro que regulam o gasto energético.2

Entretanto, em algumas situações, essa relação harmônica entre a microbiota e o hospedeiro é perdida, levando a várias doenças, o que é, habitualmente, referido como disbiose.3 A obesidade está relacionada com uma disbiose, sendo que tanto a quantidade quanto a variabilidade das espécies são modificadas.4

Diversos mecanismos vêm sendo descritos para explicar a relação entre a obesidade e a microflora, como as alterações no metabolismo energético, na integridade da barreira intestinal, na modulação de processos inflamatórios crônicos e na produção de metabólitos com efeitos locais e em outros órgãos, como cérebro, fígado e tecido adiposo.5

Embora muitos dos mecanismos que elucidam a relação entre a obesidade e a microflora não estejam completamente esclarecidos, avanços importantes nesse campo têm ocorrido e a manipulação da microbiota intestinal tem se tornado promissora como alvo terapêutico no tratamento da obesidade.

  • Objetivos

Ao final da leitura deste artigo, o leitor será capaz de

 

  • descrever o desenvolvimento da microbiota;
  • identificar as principais funções da microbiota na população humana;
  • reconhecer a relação entre a modificação da microbiota e a obesidade;
  • distinguir os mecanismos responsáveis pela obesidade e pela resistência à insulina (RIresistência à insulina) na disbiose;
  • discutir as possibilidades de manipulação da microbiota como alvo terapêutico da obesidade.

 

  • Esquema conceitual
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