Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar as principais causas de hipoxemia;
- reconhecer as formas de monitorização da oxigenação arterial;
- identificar os parâmetros relacionados à monitorização invasiva e não invasiva da oxigenação arterial;
- compreender a importância da monitorização invasiva e não invasiva da oxigenação arterial na aplicação das práticas terapêuticas.
Esquema conceitual
Introdução
Nos últimos 70 anos, várias foram as técnicas analíticas desenvolvidas para a medida do oxigênio (O2) no sangue arterial ou durante a respiração, com o propósito de verificar a adequação da oxigenação. Um homem adulto, em repouso, consome, em média, 1020 moléculas de O2 por segundo. Como não existe, no organismo, condições para estocagem de O2, qualquer alteração na sua captação ou no seu transporte resultará em uma rápida alteração celular.1
A manutenção adequada da oxigenação sanguínea faz parte das condutas utilizadas pelas equipes nos diversos serviços de saúde e unidades hospitalares. A ocorrência de hipoxemia severa, se não percebida a tempo, pode levar a eventos catastróficos, como parada cardíaca. A avaliação da oxigenação arterial pode ser realizada de diferentes maneiras, sendo algumas de forma invasiva (por exemplo, gasometria arterial) e outras de forma não invasiva (por exemplo, oximetria de pulso e monitorização transcutânea de O2 [TcPO2]).2
Neste capítulo, será abordada a importância de realizar a monitorização da oxigenação arterial por meio de diversos índices de oxigenação em nível pulmonar e de alguns referentes ao transporte e consumo de O2 (VO2). Isso possibilitará uma condução clínica adequada para a maioria dos casos de insuficiência respiratória aguda (IRpA), garantindo intervenções terapêuticas objetivas e assertivas.2
Serão descritas as formas invasiva e não invasiva da monitorização da oxigenação arterial por meio da avaliação das trocas gasosas e do transporte e do VO2, além dos aspectos práticos sobre a utilização da oximetria de pulso.