- Introdução
Nódulos tiroidianos podem ser definidos como lesões da glândula tiroide distintas do restante do parênquima por métodos radiológicos, segundo a American Thyroid Association (ATA).1 Podem ser diagnosticados por meio da palpação durante o exame físico; neste caso, com prevalência estimada entre 4 a 7% em mulheres e 1% em homens adultos.2,3 Porém, são detectados em até 68% da população adulta por meio da ultrassonografia (USultrassonografia).4,5 Eles podem ser aparentes, causarem sintomas compressivos e raramente causarem hiperfunção tiroidiana por autonomia.
A principal preocupação frente a um nódulo tiroidiano é afastar a neoplasia maligna.
O câncer de tiroide é considerado uma neoplasia rara, representando 2 a 5% do total de casos de câncer em mulheres e menos de 2% em homens.6 Sua incidência vem aumentando nos últimos anos e corresponde à quarta neoplasia maligna mais comum em mulheres no sul do Brasil.6 Pela alta prevalência de nódulos tiroidianos e a baixa probabilidade de corresponderem a um câncer de tiroide, é fundamental a triagem desses nódulos para identificação daqueles que necessitam atenção especial e tratamento.
- Objetivos
Ao final da leitura deste artigo, o leitor deverá ser capaz de:
- conhecer a rotina de investigação de um paciente com nódulo de tiroide desde história clínica, exame físico, níveis de TSH, USultrassonografia e punção por agulha fina (PAFpunção por agulha fina);
- discutir a abordagem atual para as lesões com citologia indeterminada com ênfase em marcadores moleculares.
- Esquema conceitual