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NOVAS DIRETRIZES DO SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA 2020

Mateus Fonseca de Gouvêa Franco

Fernando Sabia Tallo

Felipe Haddad Lovato

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar os pontos mais relevantes da diretriz da American Heart Association (AHA) sobre ressuscitação cardiopulmonar (RCP);
  • listar os cuidados pós parada cardiorrespiratória (PCR);
  • descrever o manejo de arritmias.

Esquema conceitual

Introdução

O manejo de pacientes em PCR é conhecimento de inquestionável importância para um médico que preste atendimento a pacientes de menor à maior gravidade. Além de casos de PCR, esse profissional deve dominar as condutas em emergências relacionadas às bradicardias e à taquicardia, além dos cuidados com o paciente que apresenta retorno da circulação espontânea (RCE), para poder praticar seu mister com segurança.

O presente capítulo baseia-se, grandemente, na Parte 3 da Diretriz de 2020 da AHA para Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados em Emergências Cardiovasculares.1 O título dessa Parte 3 é justamente Suporte de Vida Básico e Avançado.1 Essa diretriz classifica suas recomendações de acordo com a classe de recomendação (CR), que indica a força do benefício ou do dano associado a uma intervenção específica, e com o nível de evidência (NE) que fundamenta tal recomendação.1

Boa parte das evidências que sustentam as recomendações publicadas nessa diretriz foi analisada pelos autores em conjunto com a International Liaison Committee on Resuscitation (Ilcor).1 De fato, uma minoria das recomendações se fundamenta em ensaios clínicos randomizados (ECRs), mas isso se justifica por limitações éticas e operacionais para realizar tais protocolos de pesquisa em pacientes em PCR.

De acordo com Panchal e colaboradores,1 as CRs são classificadas como: classe 1 (forte) — benefício >>> risco; classe 2a (moderado) — benefício >> risco; classe 2b (fraco) — benefício ≥ risco; classe 3: sem benefício (moderado) — benefício = risco; classe 3: dano (forte) — benefício < risco.

O nível de evidência A apresenta evidência de alto nível de mais de 1 ECR, metanálise de ECR de alto nível e um ou mais ECRs corroborados por estudos de registro de alta qualidade. O nível B randomizado (B-R) apresenta evidência de moderada qualidade de um ou mais ECRs e metanálises de ECRs de qualidade moderada. O nível B não randomizado (B-NR) apresenta evidência de moderada qualidade de um ou mais estudos não randomizados, ou observacionais ou de registro, desde que bem desenhados e bem executados. O nível C evidência limitada (C-EL) apresenta estudos observacionais randomizados ou não, ou estudos de registro com limitações de desenho ou execução; metanálises desses estudos; estudos fisiológicos em humanos. O nível C opinião de especialista (C-OE) apresenta um consenso de opiniões de especialistas com experiência clínica.1

Ao longo deste texto, foram postas em destaque as recomendações da diretriz do suporte avançado de vida em cardiologia (ACLS, em inglês, advanced cardiovascular life support) 2020 consideradas as mais relevantes.

Este capítulo não se presta a um resumo que esgota o conteúdo das diretrizes do suporte avançado de vida 2020, dado o volume de informações contidas nesse documento. Antes, ele destaca os pontos essenciais de dúvidas frequentes e atualizações do suporte avançado de vida 2020.

O presente capítulo é de interesse de todos os médicos e estudantes de medicina, em especial, daqueles que atuam com pacientes adolescentes ou adultos em prontos-socorros, unidades de terapia intensiva (UTIs) e enfermarias.

Este programa de atualização não está mais disponível para ser adquirido.
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