- Introdução
Doenças tromboembólicas são graves. Nos Estados Unidos, as estatísticas variam de 30 a 40% de todas as causas de morte. São também importantes os eventos não fatais, como tromboses venosas e fenômenos isquêmicos transitórios.
É importante que se tenha em mente que a base patológica da trombose varia se o fenômeno é arterial ou venoso.
Na trombose arterial, é importante o papel da doença vascular aterosclerótica associada a trombos plaquetários. A trombina é um importante mediador da agregação plaquetária, de modo que o tratamento deve basear-se em medicamentos que tenham atividade antitrombina, reduzindo destarte a agregação plaquetária. Antiagregantes plaquetários são igualmente importantes.
Já na trombose venosa, a parede do vaso está geralmente íntegra, e a trombose se deve à hipercoagulabilidade (trombofilia) e estase. Nesse caso, as plaquetas têm contribuição mínima e, portanto, o tratamento deve ser baseado em substâncias que tenham atividade inibidora da formação de trombina e promovam lise do coágulo de fibrina.
Há muito tempo, a Medicina tem se valido de anticoagulantes. Dos anticoagulantes, já em uso há longos anos, os importantes são a heparina e os cumarínicos. Os inconvenientes do uso de heparina e dos cumarínicos têm sido minimizados e alguns excluídos com os novos anticoagulantes introduzidos no arsenal terapêutico.
- Objetivos
Após o estudo do presente artigo, o leitor poderá:
- reconhecer a gravidade das doenças tromboembólicas;
- saber distinguir a trombose arterial da venosa;
- reconhecer a importância da trombina na coagulação e, por conseguinte, nos fenômenos tromboembólicos;
- conhecer as diferentes indicações de anticoagulantes;
- conhecer os principais anticoagulantes disponíveis para tratamento das doenças tromboembólicas.
- Esquema conceitual