Introdução
As mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Procuram o serviço de saúde para buscar cuidados para si ou para aqueles com os quais convivem, além de serem as principais cuidadoras e trabalhadoras desse sistema.
De acordo com o Departamento de Informática do SUS, em 2020, a população feminina brasileira estimada totaliza mais de 107 milhões. Desse universo, cerca de 33 milhões estão na faixa etária entre 40 e 65 anos, ou seja, 31% das mulheres no Brasil estão no período em que ocorre o climatério.1
O ciclo de vida da mulher tem marcos concretos, objetivos e fisiológicos que sinalizam os distintos períodos vivenciados, tais como a menarca, a gestação ou a última menstruação. Trata-se de episódios significativos para o corpo e a história de vida feminina, como os fenômenos naturais e fisiológicos, a menstruação e menopausa, os quais, por longo tempo, foram tratados como incômodos e vistos como doença.
Nessa perspectiva, o cuidado à mulher durante o processo de envelhecimento deve permear condutas profissionais a partir da compreensão de que corresponde a um processo fisiológico, e não patológico, sendo necessárias, em sua maioria, intervenções profissionais no sentido de acolher e orientar sobre adequação de hábitos saudáveis de vida.2
Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar alterações comuns do processo de envelhecimento da mulher;
- refletir sobre a relevância do reconhecimento profissional para responder às necessidades de saúde de mulheres em processo de envelhecimento;
- propor cuidados de enfermagem atinentes às necessidades de saúde da mulher durante o processo de envelhecimento.