Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- discutir a importância da empatia na formação de uma boa relação médico-paciente;
- listar os benefícios de uma boa comunicação interpessoal;
- identificar a relevância e os benefícios de uma boa relação médico-paciente, centrada no pilar da empatia.
Esquema conceitual
Introdução
A empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro frente determinada situação, já é concebida como um dos pilares da relação médico-paciente. Ela não serve apenas para se solidarizar com o próximo, mas também para compreender a doença por outra ótica, entendendo os medos, as fraquezas e as inseguranças do paciente. Somente com esse entendimento é possível estabelecer uma devida comunicação, escolhendo as palavras, o tom de voz e a forma de passar determinada informação adequados.
A habilidade de se comunicar utilizando tanto a linguagem verbal como a não verbal faz parte das soft skills, definidas como competências relacionadas ao comportamento humano, e já vem sendo treinada em diversas faculdades de Medicina ao redor do mundo.
Saber transmitir uma informação tem o poder de aumentar a aderência ao tratamento, fidelizar o paciente e promover uma melhor relação do doente com sua doença.
Uma boa comunicação depende da capacidade empática do profissional e ambas fazem parte de um potente medicamento que não se ingere ou se injeta e são fundamentais para o combate de uma enfermidade.
Os médicos são treinados para identificar corretamente os sinais e sintomas de determinadas doenças, realizar o exame físico e prescrever o tratamento adequado. No entanto, por vezes, esquecem que um simples sorriso ou uma palavra bem colocada também têm o poder de aliviar a dor e o sofrimento, muitas vezes de forma mais prolongada do que muitos medicamentos.
Como já dizia Ambroise Paré, cirurgião francês do século XVI: “curar ocasionalmente, aliviar frequentemente e consolar sempre”.1