Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os sinais e sintomas que levam à suspeição do diagnóstico de osteoartrite de joelho;
- reconhecer os diagnósticos diferenciais da osteoartrite de joelho;
- interpretar as alterações radiológicas sugestivas de osteoartrite de joelho;
- estender a propedêutica somente em casos selecionados;
- discutir o tratamento adequado para cada fase da doença.
Esquema conceitual
Introdução
As articulações do joelho são as mais acometidas pela osteoartrite (OA), não só por se associarem aos distúrbios biomecânicos como o varismo e o valgismo de joelhos, mas também por suas causas serem múltiplas e influenciadas desde componentes genéticos a fatores externos como traumas.1,2 A osteoartrite de joelho (OAJ) manifesta-se de maneira insidiosa e progressiva, por meio de uma dor movimento-dependente, que alivia ao repouso, e de uma rigidez matinal, que persiste por menos de 30 minutos.3
Ao longo dos anos, há progressão das alterações articulares e intensificação da dor, podendo levar à perda funcional do paciente idoso, comprometendo sua independência.3 O tratamento exige a associação de modalidades não farmacológicas e farmacológicas para controle da dor, fortalecimento muscular, treino de marcha e equilíbrio.
O acompanhamento multidisciplinar é interessante para a personalização dos treinamentos físicos, garantindo melhores resultados e reduzindo o risco de lesões por execuções incorretas. Em alguns casos, o acompanhamento psicológico também é necessário, já que a dor pode ser desencadeada por inúmeros gatilhos físicos e psíquicos.
Assim, entendendo holisticamente o paciente, será possível tratá-lo de maneira mais assertiva. Os tratamentos não farmacológicos e farmacológicos têm por objetivo amenizar os sintomas da OAJ, tentar retardar sua progressão estrutural e aumentar a qualidade de vida do paciente.