Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- entender a fisiologia da formação óssea;
- compreender a relação entre osteopenia da prematuridade (OP) e imobilismo;
- avaliar as principais características clínicas apresentadas pelo paciente com OP;
- promover medidas preventivas e de tratamento fisioterapêutico para a OP por meio da cinesioterapia aplicada ao prematuro.
Esquema conceitual
Introdução
Nas últimas décadas, a evolução da medicina neonatal atribuiu um aumento da sobrevida dos recém-nascidos prematuros (RNPTs). Nesse contexto, pode-se observar o surgimento de inúmeras comorbidades associadas à prematuridade que precisam ser tratadas pela equipe multidisciplinar. Entre elas, tem-se o aparecimento da osteopenia.1,2
A osteopenia é definida como a diminuição da massa óssea total associada à “alteração” do metabolismo mineral, sendo uma importante causa de morbidade em RNPTs com muito baixo peso ao nascer e doentes e, se não diagnosticada, pode levar a deformidades estruturais e fraturas espontâneas.1,2
O surgimento da osteopenia da prematuridade (OP) frequentemente ocorre entre 6 e 16 semanas após o nascimento e é multifatorial — podem-se citar alguns fatores que potencializam o risco de desenvolver essa doença, como: idade gestacional (IG) e peso reduzidos ao nascimento, insuficiência placentária, reservas ósseas reduzidas de fósforo e/ou cálcio, uso de alguns fármacos (como corticoides e diuréticos) e a imobilização desse bebê.1
Dessa forma, reitera-se a importância de uma equipe multidisciplinar alinhada ao cuidado do RNPT. Nela, o fisioterapeuta tem como objetivo realizar intervenções fisioterapêuticas que possibilitem a redução do risco de comprometimento da saúde óssea e do desenvolvimento neuropsicomotor desse recém-nascido (RN).