Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, espera-se que o leitor seja capaz de
- reconhecer os objetivos, as indicações e as contraindicações da aspiração de vias aéreas (VAs);
- reconhecer a importância dos cuidados com aspiração de VAs;
- identificar as necessidades para a execução da aspiração de VAs;
- comparar os principais sistemas de aspiração de VAs;
- reconhecer a importância do conhecimento técnico satisfatório acerca do procedimento de aspiração, refletindo na qualidade da assistência e na prevenção de iatrogenias.
Esquema conceitual
Introdução
O sistema respiratório é dividido classicamente em duas partes, com base em suas estruturas e funções. São elas: a zona de condução e o parênquima pulmonar. A primeira consiste em um arranjo de VAs progressivamente menores pelas quais o ar se move para dentro e para fora dos pulmões. A segunda é composta por uma coleção de paredes membranosas densamente compactadas e finas o bastante para permitir a difusão molecular entre o ar inspirado e o sangue que circula pela microvasculatura pulmonar.1,2
As VAs de condução são anatômica e fisiologicamente desenhadas para proteger a região alveolar. O epitélio fornece um sistema de vigilância imunológico e condiciona os gases inspirados antes de atingir a região alveolar, isto é, o ar é umidificado, aquecido e filtrado ao passar por nariz, faringe, traqueia e brônquios.1,2
As partículas inaladas, potencialmente nocivas ao organismo, impactam-se ao longo das VAs de condução e são absorvidas pela camada de muco que recobre o epitélio respiratório. O transporte mucociliar (TMC) é o principal mecanismo de defesa pulmonar. A tosse é de fundamental importância em situações patológicas nas quais existem estagnação e acúmulo de secreção.1–3