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PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA E CONTROLE SOCIAL NA PANDEMIA DE COVID-19

Autores: Sabrina Antunes Aspir, Felipe de Castro Borges
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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • explicar os conceitos “participação popular” e “controle social”;
  • identificar o controle social na atenção básica no contexto da pandemia de COVID-19;
  • descrever o trabalho conjunto dos Conselhos Locais de Saúde (CLSConselhos Locais de Saúde) e as equipes da Atenção Básica;
  • apresentar o vínculo entre a atuação do enfermeiro e o controle social na Atenção Básica.

Esquema conceitual

Introdução

O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira começou no final da década de 1970 e foi um grande determinante para o processo de redemocratização do país, pois buscava garantir a saúde como um direito de todos e dever do Estado. Além disso, esse movimento foi importante para a criação do Sistema Único de Saúde (SUSSistema Único de Saúde), sendo que esse sistema foi construído por meio de processos reivindicatórios e participativos da sociedade.1

O Controle Social no SUSSistema Único de Saúde se refere à participação da sociedade civil nas decisões políticas e sociais do Estado. Entre os princípios do SUSSistema Único de Saúde, a participação da comunidade está colocada como um princípio organizativo de grande importância, pois garante que a sociedade terá efetiva participação na formulação e no controle das políticas públicas de saúde.2

A participação da sociedade civil ocorre, principalmente, por meio de representações nos conselhos de saúde, que são órgãos colegiados de caráter permanente e deliberativo em que participam, de forma paritária, os seguintes agentes:

 

  • usuários do SUSSistema Único de Saúde;
  • trabalhadores da saúde;
  • gestores;
  • prestadores de serviço.

Por estarem em contato direto com a comunidade, os enfermeiros atuantes na Estratégia de Saúde da Família podem exercer um importante papel na construção e no fortalecimento do controle social.

Não obstante, com o advento da pandemia da COVID-19 no início de 2020 e a necessidade sanitária de isolamento e distanciamento social, os espaços coletivos habituais (ou seja, presenciais e com participação de diversos usuários), precisaram ser suspensos.

Entretanto, com o avanço da vacinação contra a COVID-19 e a consequente queda de casos graves e de mortes pela doença, é preciso pensar estratégias para a retomada desses espaços que terão grande importância na reorganização do sistema de saúde.

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