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PRESENÇA DOS AVÓS NOS CUIDADOS AO RECÉM-NASCIDO EM UMA PERSPECTIVA SISTÊMICA DE FAMÍLIA

Ana Rebotim

Ana Resende

Margarida Lourenço

Sílvia Caldeira

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

 

  • considerar a família como um sistema;
  • identificar as especificidades do papel dos avós na família e nos cuidados ao recém-nascido (RN);
  • discutir o impacto familiar da internação do RN na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN);
  • enumerar os aspectos positivos relacionados com a presença dos avós na UTIN.

Esquema conceitual

Introdução

Os avós sempre participaram dos cuidados aos seus netos, com consequentes implicações em seu crescimento e desenvolvimento. Informalmente, os avós constituem um recurso capital dos pais; a eles, frequentemente, são delegadas funções parentais. Além disso, esses atores desempenham seu próprio papel de avós, cuidando, acarinhando e apoiando netos e pais ao longo do ciclo vital da família.

Nas ocasiões de maior necessidade, os avós podem ser um pilar que mantém o equilíbrio e o funcionamento familiar. A literatura começa a apresentar evidências sobre sua contribuição no sistema familiar, em particular o impacto de sua participação em sua própria saúde e no bem-estar dos membros da família. Embora os avós sejam, diversas vezes, mencionados como os membros da família que mais se envolvem nos cuidados às crianças, vêm surgindo estudos sobre sua influência, sua participação e seu impacto, também, na saúde e no desenvolvimento delas.

Na práxis das autoras deste capítulo, a avaliação familiar é centrada, predominantemente, na família nuclear e nas necessidades do indivíduo assistido, em detrimento da dinâmica e das necessidades da família enquanto sistema. Neste capítulo, a família será analisada em uma perspectiva sistêmica, com foco no papel dos avós no seio do sistema familiar.

O nascimento de um bebê prematuro ou doente impõe desorganização e crise, principalmente aos pais. Esse tipo de situação implica cuidados que minimizem o impacto negativo da prematuridade ou doença e da internação tanto sobre o neonato quanto sobre seus pais. Contudo, os avós também são envolvidos nessa mudança familiar. Este capítulo explora a presença dos avós na UTIN, abordando suas vivências e seu papel nesse contexto. Por fim, sumariza um conjunto de estratégias destinado a facilitar o envolvimento dos avós no contexto neonatal, destacando as implicações para a enfermagem materna e neonatal.

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