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PREVENÇÃO DE RETORNO À UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: ESTRATÉGIAS PARA VENCER ESSE DESAFIO DIÁRIO DO FISIOTERAPEUTA

Saint-Clair Gomes Bernardes Neto

Íllia Nadinne Dantas Florentino Lima

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Objetivos

Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de

  • identificar os fatores de risco para uma provável readmissão na unidade de terapia intensiva (UTI) após a alta;
  • relacionar a avaliação da força muscular e da funcionalidade com desfechos negativos pós-alta hospitalar;
  • aplicar as escalas de avaliação de força muscular (Medical Research Council [MRC]) e de avaliação funcional (Functional Status Score for the Intensive Care Unit [FSS-ICU]) e Physical Function in Intensive Care Test-scored [PFIT-s]);
  • traçar um plano de tratamento com o objetivo de melhora e/ou manutenção da funcionalidade em curto, médio e longo prazos;
  • elaborar relatório de alta para comunicação efetiva entre setores de cuidado pós-alta da UTI e continuidade do tratamento.

Esquema conceitual

Introdução

A UTI é uma unidade destinada à internação de pacientes graves, que requerem atenção profissional especializada contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitoração e terapia.1 A gravidade dos pacientes, nesse ambiente, se relaciona diretamente com maior risco de óbito.

No decorrer das últimas décadas, alguns pontos, como evolução tecnológica, científica e de interação multidisciplinar, têm contribuído para o aumento da sobrevida dos pacientes internados na UTI.2

Ao mesmo tempo que a sobrevida é otimizada, complicações inerentes ao processo de internação e aos tratamentos empregados nas condições críticas são um “preço” a se pagar. No momento atual, é amplamente conhecido que os sobreviventes da UTI apresentam, mesmo alguns anos após a alta da unidade, complicações incapacitantes, como:2,3

  • declínio funcional importante;
  • aumento dos custos assistenciais com cuidados em saúde;
  • redução da qualidade de vida;
  • maior incidência de readmissões/reinternações hospitalares;
  • redução da própria sobrevida pós-alta da UTI.

Um diagnóstico frequentemente encontrado nessa população, após a internação na UTI, é a síndrome pós-terapia intensiva (do inglês, post-intensive care syndrome [PICS]), que se caracteriza por prejuízo na saúde física, cognitiva e mental.4

Além desse diagnóstico, ainda no período da internação, esses pacientes costumam apresentar fraqueza muscular adquirida na UTI.5

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