Objetivos
Após a leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- identificar os critérios para a definição de resistência farmacológica a agonistas dopaminérgicos;
- descrever os mecanismos envolvidos na ligação e ação dos fármacos;
- indicar o tratamento para pacientes com prolactinomas agressivos e resistentes.
Esquema conceitual
Introdução
Os prolactinomas correspondem a mais de 40% dos adenomas hipofisários, e o seu comportamento biológico pode variar dependendo da idade de início, do sexo e do volume inicial do tumor. Compreendem um grupo heterogêneo de tumores que geralmente possuem crescimento indolente e boa resposta inibitória a agonistas dopaminérgicos. Porém, são um grupo raro de tumores que apresenta crescimento rápido, além de serem radiologicamente invasivos e resistentes ao tratamento farmacológico.
O reconhecimento precoce dos prolactinomas agressivos ainda é desafiador. Todavia, a compreensão dos mecanismos envolvidos na proliferação tumoral pode permitir a introdução de outras opções terapêuticas e a personalização do tratamento desses pacientes. A resistência farmacológica envolve expressão, internalização e meia-vida dos receptores, além de micro-ácido ribonucleico (miRNA), proteínas do citoesqueleto e fatores de crescimento relacionados à angiogênese e sinalização intracelular.
O ajuste de doses dos agonistas dopaminérgicos, a compreensão de suas limitações e efeitos adversos, assim como o uso de outras classes de medicamentos e novas perspectivas terapêuticas serão discutidos neste capítulo.