■ Introdução
A prática de coaching como conjunto de técnicas eficazes que objetivam o alcance de metas é marcadamente conhecida dentro do contexto do trabalho, especialmente entre altos executivos de empresas de grande porte. Entretanto, pesquisas no campo da psicologia do coaching – subárea da ciência psicológica especializada no embasamento teórico-prático do coaching – tem mostrado que a eficácia dessa prática excede o contexto corporativo. Nesse sentido, o coaching pessoal vem ganhando espaço entre os profissionais de desenvolvimento de pessoas, e pode também ser um campo potencialmente fértil para os profissionais de saúde mental.
Todavia, é importante destacar que as técnicas de coaching foram desenvolvidas para e têm sido testadas em populações não clínicas; dessa forma, seu potencial uso no contexto da saúde mental deve ser analisado com cautela.
Propõe-se aqui que resultados mais efetivos das técnicas de coaching provavelmente poderão ser obtidos com pacientes:
- ■ ao final do processo terapêutico convencional;
- ■ que não respondam à psicoterapia;
- ■ com sintomatologia subclínica, que não apresentem critérios suficientes para o diagnóstico psiquiátrico.
■ Objetivos
Ao final do artigo, o leitor poderá:
- ■ definir o que é coaching e psicologia do coaching;
- ■ identificar as diferenças entre coaching e outras práticas profissionais de desenvolvimento de habilidades e resolução de problemas, como a psicoterapia;
- ■ problematizar as potencialidades e limitações do uso das técnicas de coaching no contexto da psiquiatria;
- ■ compreender a estrutura de trabalho e parte das técnicas de coaching desenvolvidas sob a abordagem cognitivo-comportamental.
■ Esquema conceitual