- Introdução
O rápido envelhecimento da população brasileira, bem como o aumento da longevidade e da carga de doenças crônicas, está causando profundas consequências na estruturação das Redes de Atenção à Saúde (RASRede de Atenção à Saúdes), e o cuidado oferecido aos idosos com múltiplas condições crônicas de saúde tem sido ineficiente, ineficaz e descontínuo, capaz de agravar mais ainda a saúde desses pacientes.
No Brasil, assim como em todos os países do mundo, os sistemas de saúde estão em crise, caracterizada pela organização da atenção em sistemas fragmentados e voltados para a atenção às condições agudas, apesar da prevalência de condições crônicas, e pela estrutura hierárquica e sem comunicação fluida entre os diferentes níveis de atenção.
A Organização Mundial da Saúde (OMSOrganização Mundial da Saúde) estima cerca de 36 milhões de mortes anuais por doenças crônicas não transmissíveis (DCNTdoença crônica não transmissívels), cujas taxas de mortalidade já são muito mais elevadas nos países de baixa e média renda. Essas doenças podem levar a incapacidades, ocasionando sofrimentos e custos materiais diretos aos pacientes e a suas famílias, além de um importante impacto financeiro sobre o sistema de saúde.1
- Objetivos
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de
- relacionar o aumento da população idosa brasileira com a transição demográfica e epidemiológica;
- reconhecer o papel da RASRede de Atenção à Saúde;
- analisar o Modelo de Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa do Sistema Único de Saúde (SUSSistema Único de Saúde);
- discutir sobre a construção da Linha de Cuidado (LCLinha de Cuidado) para a pessoa idosa;
- identificar as competências da Atenção Primária à Saúde (APSAtenção Primária à Saúde) na Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa;
- considerar o papel do enfermeiro de prática avançada na APSAtenção Primária à Saúde;
- avaliar as práticas realizadas pelo enfermeiro gestor de casos na APSAtenção Primária à Saúde.
- Esquema conceitual
